O vereador Léo Camargo (PL) subiu de nível em fevereiro, quando aceitou de forma emergencial disputar a prefeitura de Cachoeiro, após a desistência de seu (então) colega de partido, o vereador Júnior Correa. Léo tinha planejado ser o vereador mais votado da cidade, mas a mudança repentina para a corrida majoritária o pegou desprevenido para o novo desafio.

Muitos candidatos a vereador costumam apontar falhas sem aprofundar-se nas questões técnicas necessárias para uma eleição majoritária. Porém quem concorre a prefeito precisa apresentar soluções claras. Como pré-candidato a vereador, Léo não possuía um plano de governo definido; agora, precisa traçar um para guiar sua campanha e evitar tropeços.

Ao tentar conduzir sua pré-campanha para a Prefeitura da mesma forma que fazia para vereador, Léo encontrou obstáculos devido à necessidade de preparo maior para o debate mais aprofundado exigido dos que pretendem se candidtar ao cargo de prefeito.

Ele tem se deparado com respostas técnicas, contundentes e até mesmo irônicas do atual prefeito, Victor Coelho (PSB), tanto nas redes sociais quanto em debates pessoais, como ocorreu recentemente na Câmara Municipal.

A situação se intensificou nesta semana. Victor Coelho demonstrou sua proficiência no funcionamento da máquina pública, combinada com um bom desempenho nas redes sociais. Também levou a disputa para os tribunais, rebatendo acusações de obras mal feitas ou inacabadas, dentre outras insinuações que carecem de provas.

O vereador acusou o golpe e contra-atacou, mas Victor continua firme, afirmando que vai processá-lo sempre que Léo mentir sobre sua gestão. Léo Camargo mudou de patamar, mas precisa elevar o nível do debate e se preparar para enfrentar os desafios políticos mais complexos que uma corrida à prefeitura impõe.