A sensibilidade da cronista - Jornal Fato
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A sensibilidade da cronista

Desde o dia que decidi escrever sistematicamente, ocorrem alguns fatos que merecem ser considerados


Desde o dia que decidi escrever sistematicamente, ocorrem alguns fatos que merecem ser considerados. A inspiração para o texto surge naturalmente, são coisas do vivido, do dia a dia que gosto de partilhar. Muitas vezes, quando me dirijo ao computador, a crônica já fora totalmente montada na cabeça.

Tenho uma grande preocupação com o leitor, com quem está do outro lado. Sou muito sincera nos textos. Em cada crônica desvelo minha vida e minha alma e os ofereço carinhosamente. Acredito que existe uma ligação muito profunda entre o escritor e o leitor. Talvez esteja sendo pretensiosa, mas acredito também no amor e carinho das pessoas que leem.

Gosto de falar olhando nos olhos dos interlocutores, de abrir minha alma para quem convive comigo. E da mesma forma nos meus escritos, é como se eu olhasse diretamente para cada leitor. Parece exagero, mas não é. Trata-se do mínimo que posso fazer, em respeito ao ser humano que está do outro lado: familiares, amigos, colegas de trabalho e leitores.

Cada escritor, se assim tenho o direito de me denominar, possui uma característica própria em seus escritos. Uns gostam de falar de temas poéticos, outros de contar histórias, outros ainda de rememorar fatos. Gosto de tecer comentários sobre as sensações do vivido, no dia a dia.

Não tenho nada de especial para ensinar às pessoas. Apenas um amor profundo pela vida e pelo ser humano, independente de raça, cor, sexo, condição financeira, religião. Acredito que uma das grandes vantagens da maturidade foi à certeza de que não tenho nenhum tipo de preconceito e de que amo as pessoas como elas são.

Não pretendo ter nenhuma atitude professoral. Não gosto de auto ajuda, cada um tem seu caminho que deve ser respeitado. Como também eu devo respeitar cada leitor. E em cada um dos textos que redijo, vai junto um pedaço do meu coração e da minha alma. Sou uma romântica incorrigível.

Não tenho pretensões de mudar o mundo, mas, se com minhas crônicas, pelo menos um coração embrutecido pela vida se suavizar, terá valido a pena.


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