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Intimidade

O que mais nos afeta é o que acontece na intimidade, nos afeta para o bem e para o mal


O que mais nos afeta é o que acontece na intimidade, nos afeta para o bem e para o mal.

Os relacionamentos íntimos são responsáveis por nossas maiores alegrias mas também por nossas grandes tristezas.

Na intimidade é difícil estabelecer limites, fronteiras, travas de segurança e não poucas vezes há irreverências, agressões, ofensas silenciosas que produzem enfermidades na alma.

Na intimidade somos drenados muitas vezes no que temos de melhor, fazendo com que nem os que estão no espaço da intimidade, os de fora e nós mesmos tenhamos o nosso melhor.

A intimidade precisa ser revista permanentemente pois é o espaço mais sagrado que habitamos e, se não cuidarmos, fazemos deste ambiente uma usina de desafeto que geram amarguras que geram enfermidades que ficam tatuadas na alma.

Há hábitos, vícios, rotinas que prosperam na intimidade e se tornam normais e não poucas vezes seus protagonistas nem percebem que adoeceram e, quando se dão conta, o estado já é grave, vezes, irreversíveis.

A tirania do silencio, o apequenamento do outro, a distância presente, o não reconhecimento do outro, acusações, murmurações e as insistentes expressões verbais, gestuais, olhares, que vão rotulando e estigmatizando o outro são comuns nos ambientes da intimidade e, claro, causa das maiores dores na alma dos que vão se tornando vítimas da intimidade.

Na intimidade se faz muitos reféns e por estes aprisionamentos acontecerem no ambiente da intimidade tendem a não serem vistos, descobertos e denunciados.

Que toda intimidade seja reverenciada.


Leandro Vieira

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