Minha Terra e Meu Município - Jornal Fato
Artigos

Minha Terra e Meu Município

Com esse título, veio a lume em junho de 1918, portanto beirando um século, livro muito especial para Cachoeiro e região


Com esse título, veio a lume em junho de 1918, portanto beirando um século, livro muito especial para Cachoeiro e região. Escrito por Antonio da Silva Marins que relata História, Geografia, Cultura, Educação, Economia, enfim, quase tudo - senão tudo - sobre nossa região sul, com foco principal na cidade mais importante, que já era Cachoeiro de Itapemirim.

Marins era político, escritor, Venerável da Loja Maçônica Fraternidade e Luz, a mais antiga da região, um dos fundadores da Santa Casa, tem biografia ainda a ser devidamente escrita e exaltada.

Para escrever seu livro, ele praticamente entrevistou todos os cidadãos historiados. Seu tempo de vida - morreu em 1920, dois anos após publicar o livro - coincide com o período de formação da cidade e região, tendo sido ele contemporâneo e conhecido da maior parte dos fundadores e primeiros moradores daqui.

Cem anos se aproximam - próximo mês - e o tempo foi se encarregando de ir diminuindo os volumes do livro físico, seja pela morte dos possuidores deles, seja pela inevitável deterioração dos papéis que compõe suas 230 páginas. Que eu saiba não mais que cinco ou seis entidades e cidadãos ainda guardam os volumes originais. Eu tenho um, guardado a sete chaves - ganhei de Gil Gonçalves - à espera de que, um dia - algum órgão público o relançasse ou que um grupo de cidadãos se unisse para publicar pelas vias particulares.

Foi o que ocorreu. No próximo junho de 2018, um século exato da publicação original: um grupo de cachoeirenses se cotizou para publicá-lo. Esse grupo é composto por Rubem Moreira, Dr. Sérgio Damião Santana de Moraes, Manoel Carlos Amboss, Vilson Carlos Coelho, Ubirajara Tavares Dias e seu filho Alexandre, este que aqui escreve e Ronald Mansur.

O livro será lançado no mesmo mês da publicação - mês que vem - e, com isso estaremos recuperando o mais importante livro de nossa História, trazendo, principalmente, para nossa juventude e historiadores aquilo que lhe tem sido sonegado, dada a virtual impossibilidade de manuseio dos exemplares existentes.

Parte da edição será comercializada, parte será distribuída a colégios que possuam biblioteca suficientemente organizada para que o livro não se perca e uma outra parte ficará de reserva para a próxima geração.

Não é qualquer cidade e região que conserva obra dessa qualidade de redação e de História.

(Há algum tempo escrevi este pequeno texto sobre o livro: - ""Minha Terra e Meu Município" - Antonio Marins - 1918 - Ao lado da obra de Daemon, é o outro livro muito citado por historiadores e pesquisadores. Razão simples: Marins entrevistou muitos dos que fizeram a história de Cachoeiro. Foi contemporâneo de outros tantos que vieram a comentar e escrever sobre nossa história. Excelente texto de história da região. Esgotada e raríssima").

 

VII Bienal Rubem Braga

Ocorre em Cachoeiro a Bienal Rubem Braga, que se transformou no principal movimento da Cultura de nossa cidade, trazendo debatedores de ótima qualidade e inundando a cidade de cultura.

O que mais me chamou a atenção foi a quantidade e a alegria das crianças que transitavam por entre as tendas, livrarias, locais de palestras e etc. Pudesse eu adiantar alguma coisa, diria logo que esse é o ponto alto da Bienal - afinal, para que serve ela, senão para abrir caminho para a juventude?

Também não posso deixar de elogiar a quantidade de livrarias por lá espalhadas, algumas com ofertas tentadoras que me ameaçam quebrar.

Há alguns senões, mas tais, deixa passar a festa dos livros e de Rubem Braga, que devo tocar neles.

Viva Rubem Braga e a nossa Cultura!!!

 

Ouvi ou Li Por Aí

Ouvi na rua, de pessoa simples - Tudo na vida é questão de você tentar fazer.

Anton Tchekhov - Quanto mais breve fores, mais vezes serás publicado.

Edgar Allan Poe - Um poema só é um poema se ele conseguir nos afetar intensamente, elevando a alma.

Maximo Gorki - Não me recordo de haver me queixado da vida em minha juventude.

Schopenhauer - Esperar que alguém tenha retido tudo que já leu é como esperar que carregue tudo o que já comeu.

La Boétie - O próprio povo tolo inventa as mentiras para, depois, acreditar nelas.

Ray Bradbury - É preciso se embriagar da escrita para que a realidade não o destrua.

Silviano Santiago - Antes do começar a escrever o escritor tem que começar a viver.

Ernesto Sabato - Não há pior conservadorismo do que o dos revolucionários triunfantes.
Maximo Gorki - Conduziremos a humanidade à felicidade, mesmo que seja à força.

Bertold Brecht, disse: Quem é você? Afunde na lama, beije o carniceiro, mas mude o mundo, o mundo precisa mudar.

Lima Barreto - Estamos aqui para fazer troça, pilheriar com a humanidade; mas não para atravancá-la com perseguições e maldades

Lima Barreto - Não me incomodo que me chamem de romântico; o que não gostaria é que me chamassem de ladrão, adulador e desleal.

Ouvi na TV - Devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados.

Marcial - Para quem não enxerga os maus, não existem os bons.

Abreu Sodré - Não tenho equilíbrio para permanecer sobre o muro.

Jânio Quadros - Como amigo, tenho uma série de imperfeições, que reconheço.

Como inimigo, sou perfeito.

Eu - Sinto falta de homenagens àqueles que libertaram seus escravos, pelo coração, antes da obrigatoriedade imposta pela lei.

Confúcio - Um homem correto exige de si mesmo; um homem vulgar exige dos outros.

Confúcio - Cavalheiros falam com seu comportamento. Homens medíocres falam com sua língua.

Confúcio - Ele não me é de nenhuma utilidade. Ele fica satisfeito com tudo o que digo.

Juraildes da Cruz - Eu pensei correr de mim, mas aonde eu ia eu tava / Quanto mais eu corria, mais pra perto eu chegava.


Dayane Hemerly Repórter Jornal Fato

Comentários