O Natal é mágico! - Jornal Fato
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O Natal é mágico!

A data chega com todo seu significado, famílias se reunindo e o coração repleto de amor e acolhimento


- Foto Reprodução Web

Parece-me que o final do ano vai se antecipando cada vez mais. São previsões que se concretizam de forma objetiva, como um calor insuportável que chega sem sobreavisos e as acácias e flamboyants que começam a soltar suas flores e exalam um perfume diferente no ar. Por conta do sol escaldante as mangas estão amadurecendo antes do tempo, e com elas todas as frutas de verão se antecipando. As tempestades completam o panorama e fazem parte da paisagem no contexto do verão.

Além das mudanças na natureza, o homem também vem atuando no sentido de antecipação. Recordo-me que adorava o final do ano para levar meus filhos aos shoppings para apreciar a decoração de Natal. Hoje os lojistas nem esperam novembro para decorar suas lojas com motivos natalinos. O que era reservado para o mês de dezembro, tanto se antecipou que está perdendo a graça. Uma decoração por mais de dois meses faz com que se perca o interesse e nem sei se o retorno comercial compensa.

Também não sei se o consumismo está desvirtuando o verdadeiro sentido do final do ano e das Festas Natalinas. E por conta do calor, parece-me que há uma ansiedade e angústia tomando conta das pessoas, preocupadas exageradamente com o ano que termina sem ter pedido licença, e pegando as pessoas desprevenidas. O hábito de presentear no Natal é uma tradição que remonta à visita dos Reis Magos, Baltasar, Gaspar e Melchior, que seguindo uma estrela chegaram até a manjedoura levando ouro, incenso e mirra para presentear o menino Jesus.

Pertenço a geração, que viveu cada momento no seu tempo e em seu lugar. Janeiro era mês de férias, fevereiro de Carnaval, março se retornava às aulas, maio era um mês essencialmente religioso dedicado a Maria, junho era mês das comemorações juninas e festa da cidade, que para as crianças tinha muito significado, afinal ela era direcionada especialmente à elas, com os desfiles, os parques e as barraquinhas que encantavam a gurizada, sem mega shows só para adultos. Em julho novamente férias, agosto retorno às aulas e o mês que se sentia alívio quando acabava, pois se imaginava que reservava algum desgosto, que nem se sabia qual!

Em setembro chegava à primavera com suas flores. Como não havia floriculturas com flores sendo vendidas o ano todo, a primavera era aguardada para colocá-las nos vasos e nas varandas das casas. Em outubro e novembro o tempo de estudar bastante aguardando as férias e o tão esperado final do ano, com tudo que bom que representava: - presentes, alegria, ceia de Natal, presépios e Papai Noel. Visitar os presépios das igrejas fazia parte do turismo religioso familiar.

Agora misturou tudo, festa junina até em agosto e Natal começando em outubro, e eu tentando me adequar para não parecer retrógrada. E afinal, Natal chegando com todo seu significado, famílias se reunindo e o coração repleto de amor e acolhimento. O encantamento do Natal, felizmente, permanece vivo!


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