Se tu não fosses assim
se tu não fosses assim tão carne
se tu não fosses assim tão carne
decerto a parte tarde de seu plasma
denunciaria o jardim.
que és!
e que viessem tuas flores vestidas nas cores de cada mês e então a canção perfumada.
furtada dos sentidos considerando o quão amigos são lírios na união do espírito
e dai se fosses flores?
melhor cada exuberante corola com a alma do caule em brasas.
que a pobreza da hera e do musgo cobrindo a face descolorida das pedras...
pomba sem asas.
que cada pessoa floresça prosa e voe como pétala.
sem a sujeira estéril da terra gélida avessa ao grão das rosas.
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do jeito que tu estiveres
te amo
porque primeiro aprendi amar-te olhando e depois, amando-te
e te amarei então em qualquer plano, na sombra ou sob a luz clareando o cálice do corpo que o
amor reluz
e na brisa, mais o amor viverá pelas estações cantando o canto que fica
aflita dirás: amo-te
o ouro da lavra...se inflama
e amaras como o livro o que esta escrito, tal o poeta versos libertos do pulso, o romance a trama e o amor por certo seu outro universo