Sou eu mesmo
Me olho
Me olho
olho-me...
como algo roto num fosso
e me descubro desnudo
sedento
o sentido salta de cada instinto repartido e inteiro
sou eu mesmo
bebendo absinto na taça amargando o veneno que mata.
e no negrume procuro a janela da sala
por onde saio da cela deixando seus degredos
tudo se passa no silêncio da prece que depressa subsume à falsa promessa do homem morto.
e meu coração vagueia
pelo corpo.
um aviso e estou sem aviso.
preso às teias disto.
ressuscito!
vou ao sol
vou porque solto
vou...
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...lindo feito um sorriso entre pai e filho
um rio, por isso beijo ao vê-lo
mais ainda o par de olhos brilhantes
me olhando todo instante
quando me lembro de ti
não mais o deserto
e daí apesar da nossa distância estaremos perto
das estrelas, uma na outra
com luzes piscando juntas
a fonte úmida jorrando das profundezas
de águas parecendo elos férteis que não se esgotam
de ferro que não enferruja.
e então nada mais belo senão abraço entre nós!