Uma moça - Jornal Fato
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Uma moça


Era uma festa da cidade, uma entre tantas outras, não queria sair de casa naquele dia, mas a pedido de minha honrosa mãe, fui dar uma volta. Caminhando pelas ruas, acompanhada de decorações elegantes onde as pessoas estavam encantadas com cada toque dos detalhes, fiquei imaginado em que lugar, dentro de mim, estaria o defeito, porque na minha visão estava tudo tão normal.

E continuei a andar em busca de algo que eu possa chamar de novo, encontro um livro caído no chão, olho para os lados não vejo ninguém, me inclino para pega-lo, quando me deparo com um olhar intenso de uma jovem mulher.

Ela me fitou com seus olhos encalistrados, sorriu timidamente e saiu andando. Eu fui a sua direção, mas a perdi em meio à multidão. Muitas pessoas caminhavam, a festa estava relativamente boa para elas. As crianças sorriam, corriam e brincavam alegremente. Os pais encantados, os acompanhavam. E eu ali perdido, tentando encontrar a moça que perdera seu livro.

Caminhei, olhei, corri, e nada dela. Escrevi um bilhete, coloquei dentro do livro e deixei na praça. Se ela não o encontrasse, alguém o faria e desfrutaria de uma bela leitura. Fui para casa. Chegando lá, ouvi uma canção até dormir.

No dia seguinte, enquanto caminhava para comprar meu pão, passei na praça e lá estava o livro, quando fui chegando perto, vi a moça, ela era tão bela que meus olhos ofuscaram, estava vestida como na festa, vestidos antigo, cabelos longos e cacheados. Andei mais rápido, ela estava virando a esquina.

Quando cheguei lá, já havia sumido, de novo e mais uma vez. Voltei à praça e peguei o livro, abri e lá tinha um recado: "não sou real, sou sua ilustre imaginação, o que queres está a sua frente, faça a coisa certa". Fiquei intrigado, como assim era minha imaginação? O que estava a minha frente?  Ainda mais intrigado, peguei o livro e levei-o para casa. 

Sentei no sofá e comecei a lê-lo, vi que a moça que pensava ter visto, era a mocinha da história encantadora que lia.  Os sentimentos batiam a porta, o novo chegou à porta e eu me lembraria de você sempre que fechasse meus olhos. 

Acabei a leitura o mais rápido que pude, e deixei o livro no banco da praça pública, e sai andando.  Juntos, eu e minha esposa fomos embevecer outra pessoa que lesse nosso livro. 


Caroline Fardin Araújo Professora de Língua Portuguesa

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