Casagrande desmente saída de Cachoeiro - Jornal Fato
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Casagrande desmente saída de Cachoeiro

A construção de terminal rodoviário na área de carga e descarga, que é espaço público, seria motivo para a empresa encerrar suas atividades


O diretor de marketing do Supermercado Casagrande, Carlos Eduardo Casagrande, desmentiu a afirmação de Adelson Pontes Soares, dada na Câmara Municipal nesta semana, de que a empresa estivesse de saída de Cachoeiro.

 

Adelson se apresentou como representante comercial e conselheiro da Associação Capixaba de Supermercados Capixabas (Acaps) e fez uso da tribuna da Câmara de Cachoeiro para falar sobre uma possível venda do mercado, o que criou expectativa e preocupação dos 260 funcionários - segundo a empresa -, por conta do desemprego.

 

Segundo o Adelson, a prefeitura estaria planejando construir um terminal rodoviário na área de carga e descarga do supermercado.  Ainda de acordo com Soares, o proprietário do supermercado, Itamar Casagrande, "estaria insatisfeito, e já negociando o prédio com as igrejas de Edir Macedo e Valdomiro Santiago, para retirar seus negócios da cidade, pois a intervenção traria prejuízos para a logística de reposição de mercadorias.", pontuou.

 

Mentira

 

Ouvido pela reportagem do ES de FATO, que ligou para a matriz da empresa, em Linhares, Carlos Eduardo desqualificou o que chamou de "boato e comentário inoportuno", pois que fala em nome da rede supermercadista é a direção central.

 

"Não tem o menor cabimento essa declaração feita por alguém que não nos representa. Não existe qualquer tipo de insatisfação com a loja de Cachoeiro de Itapemirim. Muito pelo contrário, pois pretendemos continuar nossas operações por um longo período na cidade.", comentou.

 

Carlos Eduardo diz que os resultados, em Cachoeiro, são satisfatórios. "Tanto que reformamos as instalações há menos de um ano. Não faria o menor sentido todo esse trabalho se existisse uma expectativa de encerrar nossas atividades", completou Carlos.

 

Acaps

 

O superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Hoffmann Schneider, foi procurado pelo ES de FATO e garantiu que Adelson Pontes Soares não faz parte, e nunca fez, do quadro associativo da entidade e "muito menos representa a diretoria". "Se ele usou o nome da Acaps, o fez de forma leviana e indevida", sintetizou Schneider.

 

A Prefeitura

 

A reportagem conversou com o secretário de Desenvolvimento Urbano de Cachoeiro, Cidinei Rodrigues Nunes, sobre a polêmica criada pelas declarações do suposto conselheiro da Acaps. Ele confirmou que o espaço onde é feita a carga e descarga se trata de área pública, mas em nenhum momento foi cogitada a construção de um terminal rodoviário.

 

"O que houve foi uma sugestão da equipe de técnicos da Logit Engenharia, que junto do município, elaborou um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável e Projetos Estruturantes para que aquela área fosse utilizada como 'parada técnica' dos coletivos e não de embarque e desembarque de passageiros", contou.

 

Nunes reforçou que o município pode dar utilidade que achar necessário ao local denominado "afastamento de área", mas não há nada de concreto, sequer estudos, para que isso seja feito.

 

"O espaço utilizado pelo Supermercado Casagrande é público. O município pode aproveitá-lo e dar a destinação que a lei define para espaços públicos. Tanto que a prefeitura iniciou sim conversações com o supermercado considerando a possibilidade de utilizar aquela área como uma parada técnica, mas não há nada formalmente decidido. Foi apenas o início da discussão", finalizou o secretário.

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