Como criamos nossos monstros? - Jornal Fato
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Como criamos nossos monstros?


Somos seres criativos e com uma dinâmica cognitiva, aprendemos com os Outros as formas mais interessante e invasiva de descrever sobre os monstros vivenciais.

 

Quando criança somos obrigados a aprender o certo e o errado, porém esse certo ou errado são formações que os que nos criaram nos ensinaram, por exemplo: os nossos cuidadores (mãe, pai, família, orfanato, etc) ensina-nos  que devemos ser honestos e decentes e, as explicações de honestos e decentes são as que a cultura e leis dos nossos cuidadores possuem, bem, isso significa que quando ficarmos mais velhos teremos que rever o que aprendemos, se não, viveremos à mercê do que nos ensinaram e falaram sobre honestidade e decência. Você já pensou nisso?

 

Quando criança nossos cuidadores nos ensinaram sobre religião e sobre como devemos fazer para viver, ganhar dinheiro, cuidar dos outros. Ao crescermos devemos questionar se esses ensinamentos foram profícuos ou inócuos em nossa vida. Você já pensou nisso?

 

As certezas que nos ensinaram são realmente certezas? Pois qual certeza que aprendemos sozinhos? Todas as certezas são com base ao que aprendemos com outras pessoas e com os nossos professores, que também não têm certeza das certezas que nos ensinaram. A certeza "absoluta" pode ser um monstro dentro de nós, pois nos da uma sensação de ser "melhor" que os outros. Já pensou nisso?

 

Quando falamos de verdades ou mentiras podemos viajar pelos ensinamentos que nos deram (nossos cuidadores) e, quando crescemos, saímos pregando e ensinando sobre essas verdades ou mentiras e criamos um "mundo" onde o que está fora desse aprendizado se torna "errado" - com isso, temos dificuldade em aceitar os diferentes ou os que não acreditam em nossas verdades ou mentiras. Já pensou sobre isso?

 

Colocamos a culpa nas outras pessoas pois isso nos dá uma sensação de paz, pois quando sei que o outro fez algo contra mim e culpo ele por isso fico "feliz" e satisfeito, porém, isso é passageiro e não eficaz para a continuidade da vida. As pessoas, na maioria das vezes, não são culpadas pelo que acontece conosco, pois em muitas situações temos o direito de escolha e, escolhemos mal, uma escolha má pode geram problemas futuros. Quando plantamos banana colheremos banana, não se iluda. Muitas vezes, plantamos uma coisa e queremos colher outra, nesse caso a responsabilidade é nossa. E, quando as circunstâncias forem outras e, não tivermos condições de decidir a escolha, podemos fugir, podemos reformular, podemos nos reinventar... culpar os outros é uma perda de tempo, pois culpar não muda a situação. Já pensou nisso?

 

Em nossa mente existe um "multi-verso", muito mais que um "uni-verso", podemos rever, refazer, repensar, reconstruir, reaprender, renovar, reinventar o que quisermos; podemos nos reencantar com as coisas que aprendemos; podemos questionar o que nos foi ensinado; podemos elaborar as situações que achamos impossíveis de transpor; podemos nos curar mudando os hábitos que aprendemos e são danosos para nossas vidas.

 

Os monstros que criamos são na realidade, na maioria das vezes, criações de nossa mente.


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