Pós-eleição: comuniquem-se - Jornal Fato
Colunistas

Pós-eleição: comuniquem-se


Para alguns foram apenas 45 dias. Mas para outros uma vida inteira de espera e de superações. O que se vê no horário gratuito não é - de longe - próximo do que é vivido nos bastidores das vitórias ou das derrotas. Dezenas de profissionais envolvidos na missão de dar credibilidade àquilo que você vê, ouve e transmite para os demais. São os comunicadores os grandes responsáveis em destacar os temas que vão fazer diferença na sua vida pelos próximos quatro anos.

 

Deixando de lado as paixões - tão comuns no período - é importante entender que comunicar não é militar, embora para vender uma imagem de um produto, empresa ou pessoa, um profissional de comunicação precisa acreditar no que está vendo para, então, convencer o público de que se trata da melhor opção para o mercado ou os eleitores, por exemplo.

 

Cuidar da imagem pública não é uma tarefa apenas de 45 dias, é um investimento para a vida inteira de quem tem o compromisso de realizar o que a sociedade espera e valoriza. Por isso é tão difícil, num curto espaço de tempo, transformar algo ou alguém naquilo que não é.

 

Para os profissionais da área acostumados a um planejamento mais amplo, com campanhas mais elaboradas e com financiamento mais robusto, a campanha desse ano foi um grande desafio. Estamos diante de um tempo de fazer mais com menos. Menos recursos, equipes enxutas e muito trabalho. Para dar conta de tudo é preciso mais esforço coletivo, mente aberta e um valoroso trabalho de equipe. Por certo um aprendizado e tanto.

 

A semana começou vitoriosa para muitos candidatos. Para outros ficam a experiência e nova espera de oportunidades, sabendo que o tempo é sábio nas decisões. Para quem viveu o dia a dia das campanhas, sejam as bem-sucedidas ou não, ficam reflexões a respeito da ética, que nunca deve ser preterida, ainda que seja para ganhar uma eleição.

 

Nas rádios e TVs as superproduções de marketing deram lugar a uma comunicação mais simples e segmentada sobre educação, saúde, segurança, crianças, idosos e a juventude. Na web, uma interação diária e direta com os eleitores. Uma oportunidade de comunicação sem intermediários, mas também uma exposição que exige posicionamentos, tornando impossível fugir de assuntos e questionamentos. Excelente para os eleitores.

 

A conversa agora é outra. A legitimidade do resultado será avaliada pelos próximos quatro anos, tornando-se cada vez mais necessária uma comunicação contínua e acertada com os eleitores, que vão acompanhar pelos canais institucionais e pela mídia. 

 


Comentários