Vencer ou vencer - Jornal Fato
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Vencer ou vencer


O último domingo, dia 13, foi marcado por manifestações contra o governo da presidente Dilma e contra a corrupção, sob o comando das oposições em conjunto com a grande mídia, parcela do judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público que há algum tempo vem sendo gestada e teve seu ápice com a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor no aeroporto de Congonhas, com o objetivo inicial de levá-lo para Curitiba.

 

O conflito entre os defensores do ex-presidente contra a ilegalidade daquele ato que mobilizou 200 homens da PF e os grupos de direita que querem criminalizá-lo junto com as demais forças vencedoras das últimas eleições, impediu que aquela arbitrariedade se concretizasse, depois o ministério público de São Paulo pediu a prisão de Lula e em seguida a revista Isto É, substituindo a Veja, publica uma delação premiada do senador Delcidio Amaral acusando o PT, a Presidente Dilma, senadores do PMDB e PSDB, incluindo o Senador Aécio Neves, esse, já foi citado cinco vezes, no entanto, é intocável pelas forças da lava jato.

 

A democracia permite a livre manifestação, todos queremos o fim da corrupção e a prisão dos corruptos, mas aqueles que aproveitam a democracia para pedir o golpe militar não sabem o que estão fazendo, esses poderiam até serem chamados de cabeças ocas, mas, como diz o poeta: "uma cabeça oca, na realidade nunca esta vazia, tem tanta porcaria dentro que ninguém consegue colocar mais nada".

 

Outra coisa que não ficou muito claro foi o uso do uniforme da CBF nas manifestações, a entidade mais corrupta do Brasil, pedindo o fim da corrupção? Isso é no mínimo uma piada de mau gosto, somente comparável àquela do casal que levou a babá, de uniforme branco, empurrando o carrinho do bebê para a manifestação.

 

Mas, no próximo dia 18 de março, acontecerá o ato convocado pelos movimentos sociais, CUT, CTB, MST, UNE, UBES e partidos comprometidos com a defesa da democracia, a defesa do Estado democrático e de direito, o respeito ao resultado das urnas que deram mais de 54 milhões de votos a presidente Dilma e contra a corrupção.

 

Esses, esperam que sejam cumpridas as propostas apresentadas, entre as quais estão um novo projeto de desenvolvimento para o país, ampliação da geração de empregos, a redistribuição de rendas, a reestruturação e modernização do SUS e ampliação das liberdades.

 

Os brasileiros estão diante de um grande embate entre as forças derrotadas em quatro eleições sucessivas que pretendem depor a presidente sem qualquer base legal, simplesmente por não aceitarem o projeto vitorioso de uma nação independente, livre, democrática e que governa para a maioria da população que durante muitos séculos não haviam sido lembradas.

 

É o nosso grande dilema desse início de século XXI.


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