Com três pessoas da maior responsabilidade de nossa cidade (Prof. Leo, Maria Elvira e Kakos), fomos a Venda Nova do Imigrante, hora e pouco montanha acima. Objetivo principal: visitar a Oficina Escola de Artesanato em Mármore e Granito, estrutura que Cachoeiro já teve (e maior) e deixou escapar.

 

Impressiona como a pequena cidade de nossa região mantém tão bela escola, premiada já em 2006, pelo SEBRAE (Prêmio TOP 100), acolhe e mantém a importante iniciativa e nós - Cachoeiro - não estamos nem aí, só ficamos reclamando derestos que a indústria do mármore e do granito lança na natureza. Venda Nova não reclama. Se faltam tais restos minerais na sua cidade eles se viram e vão a outra cidade recolher cacos de mármore e granito. Essa outra cidade é Cachoeiro de Itapemirim.

 

 

O guia de Venda Nova, Professor Eloi, que nos conduziu pela escola, diz que a Prefeitura é dona do prédio onde ela funciona; que prefeitos, regra geral, entendem que a Escola não tem dono ou partido político. As administrações se sucedem e a escola permanece.

 

Atende a crianças entre 15 e 17 anos, em dois turnos de 3 horas cada; 15 alunos por turno. Como é escola voltada, também, para a formação social dos jovens, para acolhê-los, escolhem-nos por seleção natural e mais - escolhem entre os que não fumam e nem ingerem bebida alcoólica e tem currículo de criança estudiosa, com boas notas.

 

Diz Eloi que a Escola começou em 1998 com o Prefeito Braz Delpupo, agora prefeito novamente; que todos os prefeitos deram boa contribuição à Escola; que ela nunca fechou e que gasta pouco comparado com outros gastos abaixo dasmontanhas: - água e luz, lanche para as crianças, salário do professor - ele mesmo, que é servidor público municipal.

 

Cachoeiro já teve escola semelhante, não vingou. Restou apenas minúsculas homenagens aos mestres Valdieri Martin e Angella Borelli.

 

Espera-se que Cachoeiro copie e faça retornar sua Escola de Mármore e Granito, inclusive pela voz e ação dos amigos que me acompanharam na viagem.

 

 

A Orquestra de Newton Braga

 

Fui apresentado a essa orquestra genuinamente cachoeirense na semana em que foi comemorado o aniversário - 106º - de Newton Braga. Ela se apresentou na Casa dos Braga, espetáculo que todo cachoeirense e visitante da cidade deveria assistir.

 

Pelas esparsas anotações que fiz, os jovens músicos da orquestra se reúnem na Escola Newton Braga - Municipal - ao lado de também talentosos alunos de outras escolas do Município.

 

 

Quando cheguei à Casa dos Braga a chuva ameaçava cair e a Orquestra ainda não começara a tocar. Encurtaram as comemorações para que as crianças pudesse tocar sem a chuva. Não deu tempo, a chuva caiu, todos nos "escondemos" sob o beiral da Casa, protegidos. Mas crianças e maestro ficaram lá, na chuva, sem medo, e mostrando mais uma maravilha de nossa cidade - criançada alegre, ótimos instrumentistas. E a chuva não atrapalhou em nada a apresentação; antes me deu a certeza de que quem quer e sabe fazer bem, pouco importa se sob chuva ou o sol inclemente. Essas crianças são nosso futuro musical sim, mas já deixam o futuro para trás e andam se transformando e transformando Cachoeiro. Fui convidado a ir à Escola deles - claro que vou. (Infelizmente a incapacidade do fotógrafo (eu) só conseguiu fotografar metade da Orquestra. Só isso não me fez completamente feliz; mas a felicidade não para em si mesma.

 

Mentira ou Verdade?

 

Ézio dos Santos.                                

 

Estamos presenciando todos os dias, pela televisão, rádio, jornais, tudo que diz respeito a informações que já estão se tornando enfadonhas a nossos ouvidos. Estou falando sobre mentiras e desmentidos dos políticos de nosso país, eleitos para dirigir com braço forte esta grande nação e fazer com que ELA cresça com robustez e passe aos olhos do mundo com políticos de alto nível. Capacidade tem! Falta só um pouco de respeito ao cidadão que os colocou lá.

 

Infelizmente não funciona bem assim. Depois do palanque, onde fez promessas encantadoras e deixou o eleitor delirando de alegria, com prováveis dias melhores, pelo menos, até o resultado das urnas. Aí, seu esperançoso candidato se elege e cadê o cumprimento de suas promessas que foram eleitoreiras e difíceis de serem cumpridas?

 

E o povo? Que povo? E assim vai. O que estamos assistindo hoje é um político querendo ajudar e outros atrapalhar, parecendo até um cabo de guerra, onde o mais forte vence. Se todos são eleitos pelo povo, porque não se unem para jogar o BRASIL pra cima? Mas, infelizmente, até parece e realmente não deixa muita margem de dúvida para perceber que quanto pior melhor para que possam manobrar ao seu jeito e interesse.

 

O poder judiciário nunca, "possivelmente", trabalhou tanto desde que me entendo por gente, cá nos meus 78 anos. É claro que não podemos generalizar, tem gente boa lá! Hoje a política brasileira até parece briga de gato e rato. Um manda prender, outro manda soltar. Uns acusam, outros desmentem. E O Brasil? Coitado do BRASIL (deitado eternamente em berço esplêndido) esperando a boa vontade dos seus comandantes para dar um passo à frente, e os políticos sabem como fazer, e muito. Nós merecemos uma grande e boa notícia.

 

(Ézio dos Santos, comerciante em Cachoeiro e colaborador eventual da página).