Bairro vive sem telefonia e com serviços precários - Jornal Fato
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Bairro vive sem telefonia e com serviços precários

Moradores reclamam do sinal telefônico ruim, horário limitado dos ônibus e tráfego proibido de veículos pesados


 

O local fica próximo à rodovia do Contorno, na altura do Itabira (Foto e texto Ronaldo Índio)

 

Os moradores da comunidade de São Bento, zona rural de Cachoeiro de Itapemirim, há anos sofrem com a deficiência de telefonia móvel e fixo, como também no transporte e na segurança. O local fica próximo à rodovia do Contorno, na altura do Itabira.

 

De acordo com as informações dos moradores, eles já fizeram vários abaixo assinados e encaminharam para os órgãos competentes - até hoje nada foi feito. Entre as reivindicações, eles querem a ampliação do horário do transporte coletivo.

 

A dona de casa Maria das GraçasCosta Vailante, conhecida comoLéia, que reside no bairro há 16 anos, disse que o problema de comunicação na comunidade de São Bento é antigo, e para conseguir fazer uma ligação via celular é preciso procurar sinal nos "altos de morro".

 

"Eu sempre caminho em direção ao Itabira em busca de resultado. Paraeu conseguir falar, tive de adquirir uma antena e hoje eu tenho um fixo móvel.Mas, a maioria não tem este telefone.Agora, o celular de nada adianta", disse Léia.

 

Já a dona de casa MariaÁurea Marques, de 50 anos, que também mora há anos no local, disseque eles precisam de uma torre repetidora da empresa de telefonia para melhorar o sinal, já que todos usam o telefone da mesma operadora.

 

Internet

 

O problema maior surge com a falta de internet. Segundo as informações da professora Daniele dos Santos Pereira, de 34 anos, entre outras dificuldades, o grande vilão é a telefonia, já que eles não tem acesso fácil para se comunicar.

 

"Nossa comunidade tem vários estudantes e trabalhadores, e,às vezes, precisamos nos comunicar e não tem como. Para conseguir, temos que subir morro ou ir para a estrada, onde corremos risco de atropelamento ou assaltado".

 

E disse mais. "Se alguém passar mal, por exemplo, não temos nem como pedir socorro sem sair de dentro de casa. Hoje, a nossa comunidade precisa de uma extensão de rede de telefone fixo para que tenhamos acesso à internet e ao 0800", falou a professora que está privada de realizar pesquisas e elaborar tarefas profissionais dentro de seu lar.

 

Daniele dos Santos Pereira, de 34 anos, é professora e sofre sem internet

 

Transporte

 

Os moradores também reclamaram do transporte pesado, que é proibido naquela região. Segundo eles, carretas carregadas passam em alta velocidade, uma vez que não nenhum redutor por lá. "Eles cortam caminho e atravessam a ponte do Arco para seguir sentido àSafra. Precisamos de ajuda aqui na comunidade", desabafou Daniele.

 

Maria Áurea Marques: precisamos de uma torre repetidora

 

Prefeitura

 

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano informou que vai enviar uma equipe técnica para verificar a viabilidade da instalação dos quebra-molas no local.

 

Sobre a solicitação da ampliação de novos horários de ônibus, a secretaria orientou que os moradores deverão entrar em contato com a Ouvidoria da Agersa, através dos telefones 0800 283 4048 e (28) 99917-3262, ou ainda procurar a agência de regulação à rua Quintiliano de Azevedo, nº 31, Ed. Guandu Center, 6º andar.

 

Procon/vivo

 

OProcon disse que tentou diversas maneiras para corrigir a infração cometida pela operadora Vivo, tentando atender ao pedido feito inicialmente, contudo a empresa se mostrou claramente indisposta a atender aos direitos previstos aos consumidores.

 

Na Secretaria Municipal da Fazenda, há um procedimento de cobrança de multa à operadora. O Procon orienta aos moradoresque o caminho a ser seguido seria junto ao Ministério Público, para que por meio de uma Ação Civil Pública possa sanar tal infração.

 

Maria das Graças: para conseguir ligar tem que subir os morros

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