Greve dá prejuízo de R$ 1 milhão por dia à Selita
Faturamento da empresa que era de R$ 1,2 milhão, caiu para cerca de R$ 100 mil, deste a última terça-feira (21)
Rafaela Thompson
A Cooperativa de Laticínios Selita está com a produção e a arrecadação afetadas por conta da greve dos caminhoneiros que entrou em seu quinto dia nesta sexta-feira (25).
De acordo com o presidente da cooperativa, João Marcos Machado, o impacto financeiro e a queda na produção por falta de embalagens, que estão retidas nos bloqueios, gera grandes prejuízos.
O faturamento da empresa, de R$ 1,2 milhão por dia, caiu para cerca de R$ 100 mil, deste a última terça-feira (21), um dia após o início da greve.
A produção dos frios também foi afetada. Sem embalagens e sem ter para onde escoar a produção, a fabricação já foi paralisada.
Sem embalagens para o leite integral, a medida tomada pela cooperativa foi de não recolher o leite nas propriedades. Na produção, cerca de 260 mil litros eram utilizados, mas o volume atual está bem menor.
A Selita firmou parceria com outras empresas de laticínios nos municípios e estados onde também faz a coleta para que armazenem parte da bebida recolhida nestas propriedades.
Ainda segundo Machado, apenas a produção do leite em pó continua, mas não há uma previsão de até quando. A Selita tem em estoque embalagens para leite integral somente até a próxima terça-feira (29). Caso não haja liberação das rodovias, a produção deve parar, provocando ainda mais prejuízos.
Aumento
João Marcos afirmou ainda que o preço dos laticínios na indústria não deve subir, mas que pode haver aumento nos supermercados. "Pode aumentar nos supermercados em termos de especulação, como houve com a gasolina", disse.