Safra da Usina Paineiras termina perto da meta - Jornal Fato
Economia

Safra da Usina Paineiras termina perto da meta

A empresa recebeu 650 mil tonelada. A meta esperada era de 700 mil toneladas


Foram processadas 650 mil toneladas de cana, ante a meta de 700 mil - Foto: Divulgação

Foi encerrada na sexta-feira (26) a safra deste ano da Usina Paineiras, em Itapemirim (ES). A meta da única usina canavieira do Sul do Espírito Santo quase foi alcançada neste ano: eram esperadas 700 mil toneladas de cana-de-açúcar, porém a empresa só recebeu 650 mil toneladas, enquanto a sua capacidade instalada de processamento de matéria-prima é de 1,2 milhões de toneladas.

O resultado se deve a dois fatores principais, segundo o Diretor-Superintendente e de Negócios da Usina Paineiras, Antonio Carlos de Freitas: à concorrência da indústria com outros mercados que compram a cana-de-açúcar dos mesmos fornecedores (como alambiques e outras usinas) e à parte da produção não ter sido colhida a tempo de ser trazida à usina antes do encerramento da safra.

"Também tivemos menos qualidade na cana-de-açúcar, devido ao excesso de chuvas desta safra: com mais chuva que o previsto, temos mais matéria-prima, porém menos açúcar por tonelada. Mas não podemos reclamar dessas chuvas que, depois de quatro anos de estiagem, permitiram o desenvolvimento dos canaviais e a rebrota da cana-de-açúcar para 2019", explicou o diretor.

Se a produção foi menor que a esperada, no entanto, os preços dos produtos finais da usina (etanol e açúcar) estão melhores do que os esperados no mercado nacional (o que impacta diretamente o valor pago aos produtores da cana-de-açúcar fornecida). Também por isso, a direção da empresa continua otimista sobre a recuperação da crise decorrente dos últimos anos (de estiagem e de baixos preços devido à política de preços da Petrobras dos governos Dilma).

"Nunca imaginamos que esta safra seria suficiente para cobrir quatro safras de problemas graves. Mas a recuperação se iniciou agora, sim, e envolve um conjunto de medidas, como a própria usina tendo deixado de cultivar canaviais, passando a receber apenas de terceiros. Não estamos em uma posição confortável, mas estamos otimistas", afirmou Antonio Carlos de Freitas.

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