Paulinho da Viola - Jornal Fato
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Paulinho da Viola

Diz que aprendeu a amar a vida como ela é. Sem jamais perder a esperança e nós devemos aceitar as coisas como elas são


Diz que aprendeu a amar a vida como ela é. Sem jamais perder a esperança e nós devemos aceitar as coisas como elas são.

Ele é muito curioso, lê jornais diariamente, revistas, o que lhe cai nas mãos. Tem especial atenção pelas coisas que não conhece, principalmente as coisas do passado, que não teve oportunidade de ver. Como certas técnicas de marcenaria, por mplo, ele se interessa muito pelo trabalho do artesão.

Ele restaurou sozinho, um carro Karman Ghia, que é o seu xodó e tem muito orgulho pelo trabalho feito.

Mas o que realmente o fascina, não são as coisas, e sim as pessoas. Ele é um observador nato: o jeito de falar, o sotaque, o penteado, a roupa entre outros detalhes.

A parte do Rio que ele mais gosta, é o Saara (centro comercial popular do Rio). Lá há lugares onde ele gosta de comer, tem conhecidos nas lojas, do movimento das pessoas. É fascinado pela arquitetura daqueles sobrados e pelo movimento agitado daquele comercio.

Quando almoça num restaurante do Saara, geralmente o faz num lugar mais reservado para evitar tumultos. Como os donos não aceitam pagamento pela refeição, Paulinho sempre leva uma lembrança ou um presente para o dono, como forma de retribuição pelo alimento.         

Uma vez num restaurante, a garçonete que era sua fã, ficou tão surpresa ao servi-lo, que acabou derrubando o copo de bebida em sua camisa. Ele levantou-se sem falar nada, foi ao banheiro, enxugou-se e vestiu uma camisa emprestada. Ao sair do restaurante, falou que traria a camisa de volta, quando o dono retrucou. Nada disto, faço questão que leve a camisa como um presente meu, não precisa devolvê-la, senão ficarei ofendido.

Paulinho diz que não entende de moda, mas a sua elegância é comentada faz tempos. No ano passado, foi eleito o homem mais elegante do Rio, por duas vezes. Fotografou com Marina Lima e Marisa Monte. Disse que não sabe o que é ser elegante, mas acha que não depende só das roupas, mas também da educação, da gentileza e do jeito das pessoas.

Para alguns artistas, a vida é um palco, mas não funciona assim para ele. A vida não é só o palco. Quando faço um show, tenho a mesma preocupação do início da carreira. A preparação pode ser cansativa porque eu quero aparecer bem. Quero cantar e tocar bem.

Mas quando entro no palco, tudo muda. A aflição acaba e sinto um prazer imenso.

Aí sim, é uma grande beleza.

Paulinho da Viola, sente muito fascínio por tudo: coisas, pessoas, novidades.

Mas ele sim na verdade, é que é uma pessoa fascinante.

 

 

 

 

 

 

 


Fernando Fiuza Psicólogo

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