Mãe entrega filho à polícia, após tiroteio que feriu PM - Jornal Fato
Polícia

Mãe entrega filho à polícia, após tiroteio que feriu PM

A mãe quer que o filho pague pelo que fez, mas ressalta que tiro que atingiu policial pode não ter saído de sua arma


Um adolescente, de apenas 16 anos, se entregou à polícia nesta semana. A mãe dele, uma servente de limpeza, de 32 anos, teve papel fundamental para que o menor infrator, envolvido em dois crimes de grande repercussão neste ano, em Cachoeiro, se apresentasse. A Polícia Civil chegou a divulgar que o capturara em operação, mas não foi o que ocorreu.

 

O rapaz confessou que participou do assalto à Drogaria do Moreno, no bairro Amarelo, região central da cidade, no último dia 30. Escapou ileso, mas um policial e um suspeito acabaram baleados. O militar, atingido três vezes, inclusive na coluna, continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O suspeito, Anderson Vapor da Silva, está encarcerado.

 

O outro crime ocorrera dias antes, no dia 17 de março. Ele invadiu o supermercado Targa, no bairro Vila Rica, e atirou no empresário. A bala atingiu sua boca e saiu pelo pescoço. A vítima sobreviveu.

 

Na semana posterior ao tiroteio na farmácia, a Polícia Militar esteve na casa do adolescente, que já era suspeito. Foi quando a mãe descobriu o envolvimento do filho, que não estava em casa no momento da batida policial.

 

Ela explica que o prazo de uma semana entre a descoberta do envolvimento do rapaz no crime e a apresentação na delegacia foi utilizado para encontrar um advogado que pudesse representá-lo.

 

"Conversei muito com ele. Ele disse que queria mudar", conta ela. "Nada melhor, então, que fazer o certo e se apresentar".

 

Evangélica, a mulher diz que foi surpreendida, pois em casa, o comportamento do filho, que assume ser usuário de maconha, era completamente diferente. E descobrir o seu envolvimento não apenas em um, mas em dois crimes foi um choque.

 

A mãe pede, apenas, que o filho não pague pelo que não fez. Segundo ela, o vídeo de segurança da farmácia não é conclusivo sobre quem efetuou os disparos que atingiram o policial. Embora fique evidente que o adolescente atirou, as imagens mostram que seu comparsa também. "É preciso verificar de qual arma partiram os tiros que acertaram o PM", diz.

 

O rapaz, que abandonou os estudos ao concluir a oitava série do ensino fundamental, está internado em unidade de recuperação para menores e pode ser obrigado a cumprir medidas socioeducativas por até três anos. As investigações continuam.

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