Uma quadrilha acusada de tráfico de maconha foi desarticulada na manhã de ontem (29) em Piúma. Seis acusados - quatro deles parentes - de integrar associação criminosa no bairro Fazenda Bela Vista, foram surpreendidos ainda na madrugada.

 

Por volta da 5h00, policias civis, do Grupo de Apoio Operacional da Polícia Militar (GAO) e do Batalhão de Missões Especiais do Espírito Santo - BME, com cães farejadores. A operação batizada de Monte Ebal - cumpriu seis mandados de busca, apreensão e prisão temporária.

 

A polícia encontrou drogas no quintal da residência de José Augusto Almeida Ferreira, 29 anos, vulgo Gugu, genro de Rosana Estela Scherrer Lima, 49 anos, também presa, acusada de vender a maconha, nas proximidades de sua casa.

 

Com o auxílio de cães farejadores, os policiais saíram em direção ao mangue, onde localizaram grande quantidade de entorpecentes enterrada em baldes plásticos. A Polícia Civil ainda não fez, até o fechamento desta edição, a contagem da quantidade de drogas apreendidas.

 

Além de maconha, celulares, veículos usados na ação criminosa, facas, dinheiro, motocicleta, munição de grosso calibre, balança de precisão, joias, celulares e computadores.

 

No núcleo familiar, também foram presos Talita Scherrer Lima, 20 anos, -  esposa de José Augusto-  e Gustavo Scherrer Lima, 29 anos, ambos filhos de Rosana.  Além deles, José Ricardo de Paula Falcão, 36 anos, e Alessandro Fernandes Ferreira, apontado como gerente da boca de fumo, segundo o delegado Milton Sabino.

 

Outras duas pessoas foram detidas, mas não tiveram confirmado envolvimento com o tráfico.

 

Ação

 

A ação teve início a partir de denúncias anônimas e foi executada após o monitoramento da atividade criminosa, inclusive com vídeos onde o tráfico de entorpecentes é flagrado.

 

O sargento Paulo Colla, comandante da GAO na região, acredita que com essas prisões, a principal quadrilha que atuava no tráfico de maconha foi desarticulada.

 

"Eles eram especializados nesse tipo de droga. Dificilmente outra pessoa aqui em Piúma comercializa tanta droga como eles. Acreditamos que eles funcionavam como centro de distribuição para outros subtraficantes".

 

Um negócio em família muito lucrativo. "Apreendemos uma moto esportiva que vale muito dinheiro, bons carros. Eles viviam realmente esbanjando", disse Paulo Colla.

 

Inocente

 

Apontada como uma das líderes do grupo, Rosana Scherrer nega participação no tráfico e assegura que os filhos dela, Talita e Gustavo, também presos na operação, são inocentes. A droga, apreendida no quintal de sua casa, assegura ela, pode ser de qualquer um.

 

Luciana Maximo