Sargento da PM mata bioquímica - Jornal Fato
Polícia

Sargento da PM mata bioquímica


O sargento da Polícia Militar e ex-vereador de São Gabriel da Palha, Natalino Fernandes Botelho, assassinou a esposa, a bioquímica Nádia Guerra, com cinco tiros na noite desta quarta-feira (30).

 

Segundo a PM, o sargento ainda não foi encontrado. Ele fugiu e levou o filho mais novo do casal, de 15 anos, que tem Síndrome de Down.

 

 

Nádia foi assassinada pelo marido, o ex-vereador e sargento da PM, Natalino Botelho

 

Nádia foi morta na casa onde morava com o marido e o filho. Amigos e vizinhos ficaram chocados com o crime. "Eu escutei ela pedindo socorro e, em seguida, parou. Fui para casa e minha nora ligou para a secretária do laboratório, que ligou para polícia e viu que ela estava morta dentro de casa", comenta a dona de casa Dalva Shaed.

 

Uma outra vizinha, Inês Strelow, informou que a relação do casal não era boa. "Ele batia direto nela, é um sofrimento para nós. Aquele vagabundo tem que ser preso, ela era muito conhecida e muito querida", conclui.

 

Segundo o Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, os cinco tiros atingiram o peito, braço, ouvido, rosto e as costas de Nádia.

 

Vítima pagou fiança do marido um dia antes

 

Um dia antes de assassinar a esposa, Natalino foi preso por agredi-la e a própria mulher pagou a fiança para que ele fosse liberado. O acusado ligou para Nádia pedindo outra chance. A mulher permitiu que ele voltasse para casa e os dois passaram o dia normalmente, até que Natalino arrombou a porta do quarto da mulher, fez os disparos e fugiu com o filho mais novo, prometendo matar os outros.

 

Pessoas próximas da família, que preferiram não se identificar, informaram que o sargento sempre foi um homem agressivo e que o casal passava por um processo de separação, o que teria causado a agressão antes do assassinato.

 

O filho mais velho de Nádia lamentou o crime em sua página em uma rede social

 

Em conversa com uma tia através do Facebook, o filho mais velho do casal informou: "mataram a minha mãe, tia". Espantada, a mulher perguntou se o jovem falava sério. O jovem respondeu: "infelizmente é. Ainda não acredito que meu pai matou ela".

 

Velório com escolta policial

 

De acordo com um familiar, o velório da bioquímica, que acontece na Loja Maçonica de Colatina, é acompanhado por escolta da Polícia Militar, já que o suspeito está foragido e fez ameaças. O enterro, que acontecerá no cemitério do bairro São Zenon, também deve ser escoltado.

 

Nádia também era farmacêutica e tinha um laboratório na cidade. Hoje, um cartaz na porta do laboratório indicava o luto pela morte da proprietária. O prefeito de São Gabriel da Palha decretou luto de três dias no município.

 

Mensagem sobre a Lei Maria da Penha

 

Por volta do meio dia de quarta, horas antes do crime, o sargento também usou a rede social para publicar o artigo que descreve a Lei Maria da Penha em sua página do Facebook. Na publicação, usuários da rede social comentaram: "quem antes postou sobre Maria da Penha agora caiu na própria armadilha".

 

Ainda não há informações sobre o paradeiro de Natalino e do filho.

 

Fonte: Gazeta Online

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