Caixa apresenta linhas de crédito a hospitais - Jornal Fato
Política

Caixa apresenta linhas de crédito a hospitais


O evento foi realizado pela Caixa Econômica Federal, no auditório do Bristol Easy Hotel (Foto: Maylson Fernandes)

 

Leandro Moreira

 

Na penúria financeira instaurada pelo pagamento defasado da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), os hospitais filantrópicos da região sul recorrem a sucessivos empréstimos para tentar manter as portas abertas. Nesta semana, os representantes de vários nosocômios participaram de evento realizado pela Caixa Econômica Federal, no auditório do Bristol Easy Hotel, em Cachoeiro de Itapemirim, para conhecer a linha de crédito específica para o setor.

 

O diferencial apresentado pela Caixa Econômica Federal é o parcelamento em até 120 vezes, com juros de 1,6%. Entre as opções, estão empréstimos realizados junto ao BNDES, via Caixa, tanto para a reestruturação de dívidas, cujo recurso liberado vai direto para credor; quanto para projetos de investimento, que concede de 50% a 70% do dinheiro para investimento e de 15% a 40% para capital de giro.

 

Muitos dos representantes dos hospitais presentes agendaram reuniões com os gestores do banco para solucionar impedimentos para obter a linha de crédito, que são, por exemplo, certidões negativas e referentes a INSS e FGTS.

 

Estiveram presentes gestores de hospitais de Cachoeiro, Vargem Alta, Iconha, Apiacá, Mimoso do Sul, Jerônimo Monteiro, Alegre, Muniz Freire e Divino de São Lourenço.

 

"O evento é atrativo pelo fato de a Caixa Econômica Federal se colocar à disposição para ajudar. Considero que o juros não é muito otimista. Mas, houve um interesse pelo crédito via BNDES para alguns investimentos de melhorias", disse o superintendente do Hospital Infantil 'Francisco de Assis' (Hifa), Jailton Pedroso.

 

O deputado Marcus Vicente, que viabilizou o evento junto com o vice-prefeito Jonas Nogueira - ambos do PP -, deu como exemplo de resultado positivo das linhas de crédito da Caixa a situação da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que agonizava com uma dívida de R$ 350 milhões. "Houve um grande esforço para reverter aquele quadro. Proporcionalmente, vejo que é possível fazer o mesmo aqui na região".

 

O vice-presidente corporativo da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira, disse que o banco dialoga no intuito de reduzir o custo da operação de crédito, negociando a redução da taxa de juros. "É a partir de 1,60%, mas pode ser flexibilizado; isso depende das garantias ofertadas pelos hospitais", aconselhou.

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