Prefeitura não vai cumprir no prazo as exigências da Anac, diz vereador - Jornal Fato
Política

Prefeitura não vai cumprir no prazo as exigências da Anac, diz vereador

Para vereadores, a interdição do aeroporto de Cachoeiro foi exagerada


A Prefeitura de Cachoeiro não vai resolver, em 90 dias, as não conformidades que provocaram a interdição do aeroporto Raymundo Andrade, de Cachoeiro de Itapemirim. A revelação foi feita ontem, durante a sessão da Câmara, pelo líder do Executivo Municipal no Legislativo, vereador Elias de Souza (PT). O prazo foi dado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que proibiu pousos e decolagens desde 29 de abril.

 

"Ao todo são 53 obstáculos que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) quer que sejam removidos. Entre eles estão sete prédios; a guarita do Centro de Controle de Zoonozes; a Casa de Passagem; 30 árvores; uma torre de telefonia na região do Sest/Senat; os refletores da Associação do Banestes e a altura do hangar do aeródromo. Não tem como fazer essas adequações em curto prazo de tempo", afirmou Elias.

 

Elias de Souza afirmou que esses problemas apontados pela Anac existem há anos, e que até hoje nenhum prefeito conseguiu resolver a situação.

 

"Essa questão do aeródromo vem se arrastando há anos. Recordo-me que até um hospital que funcionava naquela região foi demolido para não atrapalhar os pousos e decolagens de aviões. Alguns prédios realmente foram construídos no bairro com a autorização da Prefeitura, mas temos que admitir que o Município tem tentado atender as solicitações da Anac para que tão logo ocorra a desinterdição. Na semana passada mesmo, o prefeito Carlos Casteglione e sua comitiva foi a Curitiba, no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), para apresentar relatório dos avanços no cumprimento das exigências", disse o vereador.

 

Para o vereador David Lóss (PDT) a interdição do aeroporto de Cachoeiro foi um exagero.

 

"Conheço aeroportos em situações bem piores no Brasil. A interdição foi exagerada por parte dos órgãos competentes. O prejuízo está sendo muito grande para os empresários da região e para a área da saúde, pois atrapalha a captação de órgãos em nossos hospitais. Por mês são realizados naquele aeródromo cerca de 40 pousos e decolagens. Lamentável essa situação", criticou Lóss.

 

Em nota, a prefeitura garante que já suprimiu muitos obstáculos naturais e que tem tomado às providências para melhorias do aeroporto. "O município fez melhorias importantes no aeródromo, como a pintura da pista de pouso e decolagem, reforma da cerca patrimonial, reparos no terminal de passageiros e a construção de estrada de serviço no entorno (que está em andamento)". 

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