Senador luta por Fundap e ferrovia - Jornal Fato
Política

Senador luta por Fundap e ferrovia

Ricardo Ferraço tenta reeleição e trabalha para o retorno do projeto da Ferrovia Vitória-Presidente Kennedy


O senador que tenta o segundo mandato, já ocupou cargos de destaque no Estado, foi deputado estadual, federal e vice-governador - Foto: Ronaldo Santos

Por Lorena M. Giordina

ADI-ES

 

No cenário político capixaba desde 1991, Ricardo Ferraço (PSDB), entra na disputa ao senado pela segunda vez. Principal defensor do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), que chegava a gerar para o Espírito Santo receita de R$ 600 milhões distribuídos para os municípios, ganhou inimigos, mas não desistiu da batalha, para devolver os repasses.

"Não é tarefa simples devolver o Fundap. Não sou candidato que em tempos de política oferece terreno na lua. Você precisa ser franco e honesto. Essa é batalha que vamos continuar. Posso afirmar, com humildade e segurança: durante dois anos briguei e segurei sozinho a manutenção do Fundap. Isso gerou mais de R$ 2 bilhões de repasse para o Estado. Minha luta foi grande e continuará", afirmou o senador.

Outra batalha que Ricardo ressalta em sua campanha é a construção da Ferrovia da Vale, que ligaria Vitória a Presidente Kennedy. Já estava tudo certo entre os governos do Estado e do Rio de Janeiro, inclusive com o aval do então presidente Michel Temer. Em contrapartida o governo federal anteciparia a renovação da concessão da estrada de ferro Vitória-Minas. Porém, neste ano, políticos e empresários capixabas foram surpreendidos com a retirado do investimento da Vale, que passaria a construir a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que terá 383 quilômetros e interligará Água Boa, no Mato Grosso, ao entroncamento com a Ferrovia Norte-Sul, em Campinorte, Goiás.

"Nós não perdemos a ferrovia. Tenha dito que é uma traição. É um absurdo o que o governo federal e a Vale estão fazendo com o Espírito Santo.  Já ingressei com denúncia no Tribunal de Contas da União e a Procuradoria da República gerou ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Estamos nos valendo de todos os meios possíveis para impedir essa covardia", falou Ferraço.

Abordado sobre temas espinhosos que costumam fazer parte das dúvidas dos eleitores, Ricardo Ferraço, defende o porte de arma, mas apenas para a área rural. "Para que as famílias dos produtores rurais possam ter o direito de se defender. A área rural não tem polícia, não tem recursos, as pessoas estão indefesas", porém, o senador garante que as pessoas se qualifiquem para ter acesso às armas, tanto na condição técnica, como na emocional.

Conservador, o senador é contra o aborto e contra a descriminalização das drogas, porque acredita que é um caminho sem volta. Se baseia, diz, em experiências internacionais.

O parlamentar é a favor da redução da maioridade penal para crimes mais graves, "porque muitos jovens são julgados como crianças, completando 18 anos e saindo em liberdade. O Brasil tem uma prática absurda que protege mais o criminoso do que a vítima", lembrou o candidato.

O senador, natural de Cachoeiro de Itapemirim, é contra o foro privilegiado: "o privilégio é discrepância insustentável".

Segundo ele, Saúde e Educação, são prioridades. Destaca investimentos nas escolas técnicas federais do Estado, que receberam R$ 48 milhões. Na Saúde, neste ano, foram R$ 90 milhões, vindos de Brasília.

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