Vereador comparece armado em sessão na Câmara de Iconha - Jornal Fato
Política

Vereador comparece armado em sessão na Câmara de Iconha

Além de parlamentar em Iconha, ele também é Guarda Civil Municipal em Vitória.


O vereador Abel Fortuna (PRB) assustou seus pares e as pessoas que acompanhavam uma sessão extraordinária na manhã desta sexta-feira (29) ao comparecer armado no plenário. Além de parlamentar em Iconha, ele também é Guarda Civil Municipal em Vitória.

 

Segundo um parlamentar que não quis se identificar, Fortuna teria se alterado durante o discurso para votação de um Projeto de Lei sobre aumento da taxa da iluminação pública do município.

 

"Ele ficou nervoso e a gente percebeu a arma na cintura. O presidente da casa, José Antônio Marconsini, interrompeu a sessão e pediu para que ele guardasse a arma no carro. Ele guardou, voltou ao plenário e a votação foi retomada", contou.

 

A testemunha contou que no momento em que a sessão foi interrompida, alguns parlamentares tentavam o convencer para guardar a arma e os demais saíram do plenário e se reuniram fora do local. "Ficamos com muito medo".

 

Ainda segundo testemunhas, em nenhum momento Abel sacou a arma ou fez ameaças.

 

No fim da sessão, o presidente pediu para que o episódio não se voltasse a acontecer, já que há lei que proíbe parlamentares armados em Câmara Municipal. O projeto teve sete votos a favor e dois contra. Fortuna votou contra.

 

Ele negou que tenha se alterado e diz que acatou o pedido do presidente para guardar a arma, mas considera o regimento que proíbe agentes da lei de portarem armas na Câmara Municipal e em outros departamentos públicos um desserviço à segurança.

 

"Nunca precisei dar um disparo em serviço. Não sou louco. Também não me alterei desta forma que dizem. Tenho porte de arma e para a minha segurança ando armado. Tenho que me proteger, enfrento bandidos na Grande Vitória, não posso dar bobeira", afirmou.

 

Além de estar vereador, Fortuna é bacharel em Direito, formado em Gestão de Segurança Pública e agente da Guarda Civil Municipal de Vitória há treze anos.

 

Fortuna diz que é perseguido por ser oposição e que os colegas fizeram um alarde desnecessário quanto ao caso. "Não fiz nada fora lei, não ameacei, não saquei o revolver. Apenas estava armado no momento da sessão. Sou oposição, ando denunciando muita coisa errada dentro da câmara. Estou incomodando eles", finalizou.

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