Zé Carlinhos volta à Casa Civil - Jornal Fato
Política

Zé Carlinhos volta à Casa Civil

Diplomata reassume cargo onde terá a função de manter a boa relação com a assembleia e defender o legado do Governo


Mesmo no governo, Zé Carlinhos vai continuar a articular, nas horas vagas, frisa, a candidatura de Rose de Freitas ao Palácio Anchieta - Foto: Fernando Madeira

O diplomata José Carlos da Fonseca Júnior reassume nesta quinta-feira (16) o cargo de secretário chefe da Casa Civil, do qual havia se desincompatibilizado em abril, para participar das articulações eleitorais e ficar disponível para a eventualidade de se candidatar, considerando, àquela altura, que o governador Paulo Hartung fosse disputar a reeleição.

Zé Carlinhos, como é chamado, reassume a função, mas vai permanecer como um dos articuladores da campanha ao governo da senadora Rose de Freitas (Podemos). Perguntado se isso representa o apoio do Governo à candidata, ele nega. "Há, no governo, companheiros que apoiam candidatos. Nós podemos ter candidato, mas o governo não participa de campanha", explica.

Mesmo afastado da presidência do PSD, Zé Carlinhos teve papel destacado na busca, dentro do grupo, de candidatura que mantivesse unida nas eleições a base de partidos que dão sustentação administrativa ao governo, mas a opção de Hartung em não disputar, em suas palavras, retirou o imã que atraia a todos os partidos, num sistema de grande dimensão e pluralidade. 

"Trata-se de uma liderança diferenciada e, por mais que desde o início tenha dito que gostaria de apoiar nova liderança, nem nós, seus aliados, nem os adversários se prepararam para uma disputa sem ele. Tentamos com o senador Ricardo Ferraço, com o deputado Amaro Neto e com o vice-governador César Colnago, mas não foi possível".

Segundo ele, a partir de então, passou a prevalecer a lógica das alianças proporcionais - partidos buscando melhor posição para eleger deputados - que desenharam o quadro como está hoje. Isso, entretanto, acredita, não quer dizer que o legado da gestão não será defendido. Isso caberá, em parte, aos candidatos aliados, que mesmo distribuídos em chapas diversas, estão bem posicionados para se eleger.

No quadro eleitoral, que ele compara a pintura surrealista, seu próprio partido, o PSD, buscou pouso na candidatura de Renato Casagrande (PSB), tido, depois do rompimento em 2014, como principal opositor ao atual governo. Mas, como lembra, o próprio Casagrande também já esteve junto com o grupo, que o ajudou em 2002 a se eleger senador e em 2010, ao governo estadual.

Zé Carlinhos acredita que a responsabilidade fiscal e programas sociais como o Estado Presente, a Escola Viva, O Pacto pela Aprendizagem, a Rede cuidar, dentre outros, não são legados apenas do governo, mas da sociedade. Ele espera que tenham destino semelhante, por exemplo, ao Caminhos do Campo, que, criado na gestão iniciada em 2003, atravessou gestões e, até hoje, pavimenta estradas rurais do interior do Espírito Santo.

 

ELEIÇÕES

Sua opção pessoal por Rose de Freitas é porque ela está fora do que chama de Fla x Flu político, por não ter compromisso de ser contra o atual ou ex-governador. Ela sinaliza que acha importante manter as conquistas da atual gestão, como o equilíbrio fiscal e os projetos sociais, além de avançar neste sentido.

Comentários