Ações de combate à sífilis são reforçadas - Jornal Fato
Saúde

Ações de combate à sífilis são reforçadas

Neste ano, Cachoeiro registra um aumento dos casos da doença


- PMCI

A Secretaria de Saúde de Cachoeiro reforça ações de prevenção à sífilis em oito regiões da cidade, nesta semana. Testes rápidos gratuitos para detecção da doença - e, também, de HIV e hepatites B e C - serão oferecidos em unidades básicas de saúde (UBS) e na praça Jerônimo Monteiro, por meio do Centro de Referência em Infectologia "Abel Santana" (Crias).

A UBS do Aquidaban foi a primeira a receber as atividades, nesta segunda (15). Nesta terça (16), foi a vez da unidade do Gilson Carone. O cronograma segue nesta quarta (17), nas do Amaral e do Alto União; quinta (18), nas do Parque Laranjeiras e do Coramara; e na sexta (19), na do Zumbi. O atendimento é feito das 8h00 às 11h00. 

Já na praça Jerônimo Monteiro, os atendimentos serão feitos no sábado (20), das 8h00 às 12h00. Em todos os locais, as pessoas que quiserem realizar a testagem precisam apresentar documento de identificação com foto e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado do teste sai em 15 minutos. Em caso de positivo, o paciente é encaminhado para tratamento oferecido pelo Crias.

"Essas ações são resultantes da adesão do município à campanha estadual de combate à sífilis e à sílis congênita. Os locais escolhidos são estratégicos para que alcancemos um maior número de pessoas que formam o público-alvo da ação, que é a população sexualmente ativa e as gestantes", explica a secretária municipal de Saúde, Luciara Botelho.

Aumento de casos

Neste ano, Cachoeiro registra um aumento dos casos de sífilis. De janeiro a até agora, foram notificados 289. No mesmo período do ano passado, eram 237. 

Já o número de casos de sífilis congênita - quando há transmissão da doença da gestante para o bebê - teve leve queda. Até meados de outubro, são 52, ante os 63 no mesmo período de 2017. "Ainda assim, trata-se de um quantitativo elevado. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença", salienta a secretária, ressaltando que a infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê. 


O que é a sífilis?

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. É transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto (sífilis congênita). Pode se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.

O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.

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