A caminhada - Jornal Fato
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A caminhada

Depois de alguma caminhada, eu e Telemaco, um velho amigo; concluímos pelo descanso


Depois de alguma caminhada, eu e Telemaco, um velho amigo; concluímos pelo descanso. Ali perto, alguns bancos de madeira, eram um convite irrecusável. Sentamos, e começamos a confabular. A manhã se esvaia. A certa altura, conjecturávamos sobre a situação do País e do povo. Falando francamente, disse ao amigo que achava, diante dos fatos que, cotidianamente, passamos ao conhecimento pelos informativos midiáticos. Então, estufando o peito, iniciei afirmando ao parceiro, que me escutava atentamente, de que, para mim, o Brasil, havia se dividido, por conta da nítida impressão de que as eleições não haviam terminado. Não! Existe na nação, um clima de divisão ideológica, de um lado e de outro, enquanto bem comum parece que não ser mais o objetivo. As pessoas concorrem entre si, ferozmente, para prevalecer suas ideias e pontos de vista. Como se estivessem numa praça de guerra, surda e de secessão, seccionando o País e, dai, um certo atraso no desenvolvimento de coisas realmente boas e planejadas. Decretei, precisamos pacificar o Brasil, respeitando a opinião de todos, de tal maneira que a opinião não seja, todavia, objeto de disputa ou contenda, mas auscultada e respeitada. Não se trata de concordância, pura e simplesmente, mas respeito, artigo a muito olvidado. Telemaco concordou. Avizinhava-se o horário do almoço, nos levantamos, famintos, e seguimos caminho, rumo aos lares. Cachoeiro suspirou!

 

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A manhã cai vencida, enquanto arde o sol, que espreguiça a tarde com seus cheiros, até que a noite se abate sobre o céu de Cachoeiro.

 

Estende-se, então, o imenso pano, de um azul enegrecido pelas horas que caíram, durante o oficio nas telhas, e o pano é cheio de orifícios, por onde as estrelas, entregam suas luzes.

 

E, estou ali e continuo no exercício humano, como veias que incham, ora estou vazio, depois cheio de desejos.

 

Enfim, adormeço meus sonhos pequenos, com anjos e querubins. Meus sonhos de pedra, na terra onde durmo, homem, e fui menino, para acordar de novo, e ver na face colorida, da gente do meu povo que a vida seguiu, não vazia, mas plena, como seu rio, serpenteando entre as pedras e cachoeiros, em direção ao oceano.

 

Por isso, não amo apenas o céu da aldeia, com todos seus cometas perfeitos, mas a terra, com suas jardineiras, de onde germinei...

 


Giuseppe D'Etorres Advogado

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