Dói - Jornal Fato
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Dói

Traga aqui, traga por trás todos seus segredos... Eis que disse meu Pai


Dói, medo, só dói, vai... 

Traga aqui, traga por trás todos seus segredos... Eis que disse meu Pai. 

Um dia, foi de flores, teve momentos de dores, dentre outros canhões... 

Eis que habita em mim uma frase... é tão pouco dita por crédulos, arbitrários e incrédulos. 

"quero ele", dói? se for para a dor, que seja a que sangra, não me importo por ganhar, na nitidez, e sim corroer na grama. 

Palavras são como navalhas, são choros que não se apalpam.

Agulhas, que não tecem, são os postos crentes, sem prece. 

Hoje, sou eu aqui, sem lar, tendo onde dormir, sem dor, tendo onde doer, sentindo frio, tendo onde cobrir.

  

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Nunca te vi, e sempre te amei. É assim que diz a frase, na tarde que cai, aos poucos. 

De repente, invisivelmente, um leque e pentes, alinham cabelos densos e mouros 

Enquanto a tarde cai, aos poucos, guardando o sol entre as montanhas. 

E eu que nunca te vi, e sempre te amei, inauguro a tela de tua face seleta, nas minhas entranhas. Em cada víscera descoberta. Em cada ponto de mim mesmo. 

Agora, não é mais seus cabelos, sobre a báscula aberta, ou a face máscula que fito, fixamente. É você inteiro. 

Você, com seus trajetos e trejeitos. Um sorriso brejeiro, e um modo tão menino de dizer: também amo você. 

Não é tão verdade assim que nunca tenha te visto, mas amado, sempre. Nos devaneios de homem, soletrava as letras do seu nome, que ficavam ali, ao lado dos meus sonhos: CARLO.


Giuseppe D'Etorres Advogado

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