Greve pra quê? - Jornal Fato
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Greve pra quê?

Para se realizar uma greve há de se atentar para a real necessidade de paralisação de uma cidade, empresa ou negócio


 

Não sou contra a necessidade de representatividade de classes operárias.

Não sou contra a nenhum tipo de reivindicação legítima de nenhum setor trabalhista.

No entanto, para se realizar uma greve há de se atentar para a real necessidade de paralisação de uma cidade, empresa ou negócio. Há de se atestar um profundo sentimento popular emanando do povo em prol de uma causa absolutamente necessária e reconhecidamente importante.

Não é o que vimos na tentativa de realizar uma greve por motivos estritamente políticos e anárquicos que vimos ontem.

Setores da esquerda estão tentando se apropriar de ferramentas legítimas de reivindicação para realizarem balbúrdia social com o objetivo de enfraquecer o governo.

Acho que o pior legado deixado pela passagem da esquerda no poder é esse sentimento de racha, de discórdia, de ira e de repulsa que setores sociais chamam de "resistência."

Se há algo de ruim com as confusões geradas ontem foram justamente as confusões. E, não obstante, a constatação de que a esquerda continua a espreita, com cara de combalida, mas mobilizada, doida pra que o apoio popular ao governo esmoreça pra tentar dominar a força o poder mais uma vez. Não podemos esquecer que a esquerda foi ao segundo turno com cerca de 40 milhões de votos.

Se há algo de bom é perceber que as investidas de contra ataque político dessa gente continua inspiração para feitura de anedotas. Os trapalhões não conseguiriam criar um enredo tão criativamente ridículo quanto as cada vez mais abobalhadas ações vermelhas.

O perigo ao meu ver reside exatamente na possibilidade da soltura de Lula. Os movimentos da esquerda sem seu lider, se assemelham àquelas galinhas sem cabeça que correm sem sentido pelos terreiros quando são golpeadas. Temo que a galinha sã com sua cabeça no lugar se torne arisca e difícil de pegar.

Enquanto isso, o jogo segue: empresários cansados de se tornarem reféns de lideres sindicalistas corruptos, aproveitando o momento oportuno e raro de fortalecimento buscando fazer aquilo que tem que ser feito: demitir os inimigos do trabalho e da produtividade; aqueles que não demonstram respeito pelo ofício que exercem.


Bruno Ramos Empreendendor Analista de Relações Internacionais graduado pela Universidade Vila Velha - UVV

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