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O trânsito, para pessoas sem deficiência física, é muito perigoso...


Você não precisa nem viajar muito, pelo Brasil, para saber que calçadas das cidades brasileiras são um escândalo. O trânsito, para pessoas sem deficiência física, é muito perigoso. Imagine, então, para pessoas portadores de deficiência física - aí já não é escândalo, é coisa criminosa.

Pensando, também, nisso, organizou-se em nossa cidade uma sociedade não governamental com o nome de MOVA.SE. E se examinarmos - como fiz - a pouca quantidade de boas iniciativas como essa, em todos os campos de proteção às pessoas, em Cachoeiro, principalmente as mais necessitadas, o MOVA.SE mais que me encheu os olhos - bateu-me alto no coração.

Segundo depoimento que ouvi de dirigente do MOVA.SE, em conversa informal, acontecerá na próxima semana, em Cachoeiro, atividade que "buscará levantar a situação das calçadas (passeio público) no trecho central da cidade, abrangendo prédios públicos, comércio e serviços em geral. O trabalho terá participação dos portadores de deficiência e de baixa mobilidade. Trará a visão da cidadania, direito de todos, vez que cidadãos ditos normais, passam, em algum momento, por problemas passageiros de mobilidade: gravidez, acidentes, crianças e idosos que todos, um dia, seremos. Caminharão, pelo centro da cidade, pelas calçadas, cidadãos que quiserem sentir na pele as dores dos cadeirantes e dos portadores de deficiência. A questão passa, também, pelo aumento da estimativa de vida, pela a liberdade individual e pelo direito de ir e vir".

Já foram convidados pelo MOVA.SE, e estarão presentes, arquitetos urbanistas em atividade na cidade, professores e alunos de faculdade de arquitetura, engenheiros, médicos e estudantes de medicina, todos em busca de uma cidade, especificamente Cachoeiro, dirigida a Pessoas e Cidadania.

Pensem bem, estimados leitores - não estaria na hora de acordarmos para as necessidades dos outros, daqueles que tem muito mais necessidades do que nós - e não são culpados disso? O MOVA.SE te espera na caminhada entre as duas pontes - da antiga Ponte Municipal, até a Ponte Carin Tannure, no centrão da cidade, - na próxima quarta-feira, 03 de julho, às 9,00 horas da manhã, com o objetivo prático de se pesquisar, especificamente em nossa cidade, a acessibilidade e o conforto de nossos cidadãos, gerando dados concretos para futuras intervenções tanto do poder público quanto de nós mesmos, na exigência legítima de um mundo melhor - mundo que se chama Cachoeiro de Itapemirim.

 

Dois Artistas na História ATUAL

Na semana de Festa de Cachoeiro, na qual o mote principal é relembrar boas coisas de nosso passado, contemporizando-as com o presente, que queremos melhor, nada igual, ao menos para mim, que homenagear artistas/artesãos cuja função principal, ao lado da arte de cada um, é divulgar nossas coisas e imagens antigas.

Representando todo o universo de artesãos e artesãs cachoeirenses - centenas -, tenho honra de reapresentar dois deles, os quais se especializaram em retratar coisas históricas de Cachoeiro, todas brilhantes e evocadoras do que era nossa cidade nos tempos que sempre achamos dourados.

Humberto Poubel se especializou em reproduzir em camisas, desenhos seus de fotos antigas de Cachoeiro. Não é processo industrial, de volume. Cada camisa é trabalho de artesão, única e original. Custa R$ 75,00 cada (ele está pensando em industrializar a produção, com isso, o valor individual será um pouco mais baixo). Humberto atende pelo WhatsApp (028) 99939-0180.

Leonardo Sodré, por seu lado, reproduz - em maioria - imóveis antigos e montanhas locais, tal qual Poubel, pintadas sobre pequenas peças em mármore e granito, as quais, "normalmente" vão para o lixo. Mas resto de mármore e de granito definitivamente não é lixo. Na visão e nas mãos de Leonardo, transformam-se em obras de arte para se guardar para sempre. As peças de Leonardo custam R$ 25,00 cada, podendo variar conforme o tamanho - ele atende pelo telefone (028) 99922-7062.

 

Soletrando Letras da MPB

Raul Seixas - Às vezes você me pergunta, por que é que eu sou tão calado.

Ary Barroso - As águas do rio que vão passando, fitam seus olhos, pensando que já chegaram ao mar.

Ary Barroso - A vida é uma escola onde a gente precisa aprendera ciência de viver.

Ary Barroso - Maria, o teu nome principiana palma da minha mão.

Zé Keti- Podem me prender / Podem me bater / Podem até deixar-me sem comer / Que eu não mudo de opinião.

Zé Keti- Quanto riso, oh quanta alegria, mais de mil palhaços no salão.

Ivan Lins- Que o perdão seja sagrado / Que a fé seja infinita / Que o homem seja livre / Que a justiça sobreviva.

Ivan Lins- Desesperar jamais.

Ivan Lins- Nada cai do céu.Nem cairá.Tudo que é meu.Eu fui buscar.

Ivan Lins- Quando brotarem as flores / Quando crescerem as matas / Quando colherem os frutos / Digam o gosto pra mim.

Gilberto Gil- Sonhar é natural,mas é preciso menos falar,mais agir.

Gilberto Gil- Tudo depende de determinação.

Gilberto Gil- A aranha vive do que tece.

Gilberto Gil- Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço.

Gilberto Gil- Deixe o dinheiro do pobree roube outro ladrão.

Gilberto Gil- Não é obrigado a me ouvirquem não quiser escutar.

(Excertos de letras de músicas brasileiras, que recuperei de minha vasta coleção de CDs. A vida muda, as palavras permanecem. Só faltam 600 CDs para tirar versos e publicar nesta Conexão).


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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