O PDM VEM AÍ!!!! - Jornal Fato
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O PDM VEM AÍ!!!!


Na medida em que se aproximam os momentos decisivos da atualização do Plano Diretor Municipal (PDM) de Cachoeiro, vai-se notando transparência próxima a zero, no que diz respeito à devida, efetiva e obrigatória informação ao cidadão cachoeirense do que anda acontecendo.

Por exemplo, você que não tem "interesse direto" na matéria; tem "apenas" legítimo interesse cidadão numa Cachoeiro urbanisticamente regrada: responda sem se fixar em noticiários, noticiários espalhados por aí:

- Qual a reunião sobre o PDM que você compareceu, neste ano? Quantas reuniões houve? A empresa que dizem cuidar do planejamento do PDM, paga pelos cofres municipais, de onde ela é? Qual o nome dela? Qual valor pago? Onde é o escritório dela, em Cachoeiro? Não tem? Tem ela representante fixo na cidade? Quantas pessoas (excluídos os servidores públicos municipais que foram "garroteados" para comparecer às audiências públicas, por dever de ofício) se fizeram presentes à(s) audiência(s)? Excluídos tais servidores públicos e os cidadãos que têm interesse comercial muito preponderante, sobram quantos na lista de presença? O que você ouviu, de prático, sobre o PDM? Ouviu algo!?

Sou crítico severo da maneira com que se comportam as autoridades no PDM de Cachoeiro; crítico da maneira como é feito. Fingem ouvir o cidadão comum, que apenas quer cidade melhor, só isso, sem se fixar (o cidadão comum) no "quanto vou ganhar".

E aqui abro espaço: - de todos os prefeitos que, nos últimos 30 anos, investiram no PDU/PDM, e estou nisso desde o principio, apenas o Prefeito José Tasso, a meu ver, fez analisar com transparência o processo urbanístico que se impôs/propôs ao cidadão. Não sei há quanto tempo; mesmo sendo adversário dele, pude ver o trabalho profissional, leal e cidadão do seu Secretário de Planejamento, Adilson Dilem dos Santos. Nunca vira e nunca mais vi tanta transparência pública  no PDU/PDM local.

Voltando aos tempos atuais, sinceramente, não estou gostando do caminho percorrido, agora, na atualização do PDM de Cachoeiro. Mas eu sou eu e meu umbigo, por isso que, respeitado leitor destas linhas, desta crônica, estou dividindo com você minhas preocupações, absolutamente acordado de que minha parte estou fazendo e vou continuar a fazer.

Para finalizar, lanço olhos, também, para nossas calçadas mínimas e malfeitas que trouxeram escândalo que chegou aos ouvidos de poucos: - o do cadeirante, frente ao Palácio Bernardino Monteiro, literalmente ter dado com a cara no chão, fruto da má calçada dali. Sugiro, doravante, nenhuma calçada da cidade tenha menos de 1,5 m de largura, no mínimo e que 3,00 m ou mais tenha a maioria das demais calçadas. E que tais medidas mínimas apareçam em letras graúdas e em destaque no próximo PDM, para que ninguém alegue ignorância, para que ninguém alegue que não viu e não leu, e fique tudo como está.

 

BIENAL RUBEM BRAGA

Quem também chega é a Bienal Rubem Braga. Meados do ano que vem. O próprio título do evento indica: - dedica-se a homenagear Rubem Braga, a literatura de modo geral e a crônica de modo especial, ainda que, nos últimos tempos - se não em todos os tempos - por vezes há extrapolação para shows musicais, alguns dos quais, particularmente gosto, mas que nada tem a ver com literatura, com crônica, com Rubem Braga.

Mas o que dói mais é que o principal objetivo das Bienais, na maior parte delas, é jogado a segundo plano.

Me lembro - eu estava lá - que o Prefeito Valadão indicou o escritor cachoeirense Marco Antonio Carvalho para ser o curador de uma das primeiras Bienais. Marco Antonio deu entrevista a jornais locais, firmando o princípio de que Bienal é para ser realizada, permanentemente,no decorrer de dois anos e não ao final desses dois anos. Em dois anos corridos, seriam promovidas aulas de redação, principalmente redação de crônicas, a todos os alunos das escolas cachoeirenses, públicas ou privadas.

Próximo à Bienal, uma semana, de dois em dois anos (só para marcar bem), a festa seria coroada com a divulgação dos nomes dos estudantes premiados com as melhores crônicas, com uns mil reais por cabeça, se me lembro bem.

Não sei se foi o Prefeito Casteglione, ou sua Secretária de Cultura, logo que chegaram ao governo: anunciou na revista CACHOEIRO CULT, que algo assim seria realizado: - a semana da Bienal seria o coroamento de trabalho cultural dos dois anos anteriores. Desnecessário dizer que tal nunca aconteceu. Um programa dessa qualidade não gastaria mais do que 250 mil reais na Bienal, ao contrário de Festa de Cachoeiro que não gasta menos de um milhão de reais, ou quase (isso, atualmente, antes era mais).

É a opinião de quem, por enquanto, só pode dar... opinião.

 

Chalé Arcangelluz, São Vicente

Poucas vezes faço isso, indicar algo que não frequentei. Estou falando de restaurante próximo à Pedra da Penha, distrito de São Vicente, Cachoeiro - Chalé Arcangeluz, que comecei a ver em fotos, a pouco. Depois das fotos, fui captando opiniões de moradores, daqueles que eventualmente passaram pelo Chalé, todos de minha confiança.

De um morador, pelo qual tenho particular apreço, por ser lutador pelo progresso da região, recebi as melhores notícias e, mesmo, um convite para ir até lá.

Por dois amigos da cidade, na realidade meu filho Thiago Mansur e o Lourenço Stanzani, que por lá estiveram na última semana, depois de escalarem a montanha mais alta do município, recebi outras boas informações.

A primeira, é a de que o local realmente é muito bonito e aprazível e que foram atendidos com a melhor cortesia por parte das proprietárias - são duas, me informaram. E a paixão dessas duas proprietárias pela região é tão intensa que elas pretendem se radicar, novamente, em São Vicente, sinal de que estão acreditando nas possibilidades da região.

A segunda boa informação, dita ao meio de animada degustação das delícias culinárias do Chalé, é que as moças tem como direção aproveitar ao máximo a produção dos vizinhos, principalmente no que diz respeito à aquisição de produtos agrícolas e pecuários locais. Para mim, é a mostra principal de quem acredita em sua região.

O almoço é aos sábados e domingos, R$ 30,00 por pessoa, sendo no mínimo 10 pessoas. A comida é farta, come-se, pois, até fartar-se, não tem balança para pesar.

Que estou certo de tudo o que disse, intuição e informação dos amigos me dizem sim, e o fato de se aproveitar coisas locais é exemplo a ser seguido também aqui na Praça de Cachoeiro. O telefone para contato é (028) 99981-7588.


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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