Subsídio é necessário - Jornal Fato
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Subsídio é necessário

O poder público, sem condições de assumir o serviço, deve subsidiar, sim, para garantir a sua manutenção


O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.

Ariano Suassuna

O transporte coletivo, nos últimos anos, esteve na pauta. Estopim das grandes manifestações de 2013, por causa de reajuste de 20 centavos, volta aos holofotes em Cachoeiro, por 15 centavos que a Prefeitura pretende subsidiar até que o equilíbrio financeiro do contrato se restabeleça.

A medida pode comprometer até R$ 3,3 milhões do orçamento da Prefeitura, em quatro anos, até 2021, incluindo 2018. E muita gente tem estrilado com a despesa, como se fosse absurda. Não é. O poder público, sem condições de assumir o serviço, deve subsidiar, sim, para garantir a sua manutenção.

É consenso que o preço da passagem é alto para quem paga. Mas a cada greve por atraso de salários, fica mais evidente que é insuficiente para quem cobra. E o passageiro é penalizado na hora que embarca ou nos dias que não consegue embarcar, por conta das paralisações.

A se confiar no parecer técnico, o número de passageiros, decrescente não é de hoje, restariam as seguintes alternativas:

1 - Aumentar ainda mais o valor da tarifa;

2 - A Prefeitura, pagar (subsidiar) para que não aumente;

3- Reduzir o atendimento;

4- Reduzir drasticamente o número de gratuidades contidas em leis federais, estaduais e, principalmente, municipais, que já oneram a parcela que paga a passagem que tem embutida a isenção daqueles que não pagam.

O argumento 4 é só para ilustração. A maioria das gratuidades é justa. Entretanto, não existe passagem de graça. Alguém sempre vai pagar. E se já não cabem mais aumentos, e nem restringir atendimento, o poder público deve arcar com parcela dos custos do serviço que é de sua obrigação e responsabilidade.

Por isso, sobre o subsídio: correto. O que se pode e deve questionar é qual ente federado deve pagá-lo.

No Espírito Santo, por exemplo, o governo estadual há décadas subsidia o transporte coletivo na Grande Vitória. Serão os moradores da metrópole mais capixabas que os do interior?

 

DESTAQUE. O ex-vereador de Itapemirim, Estevão Silva Machado, assumiu a Secretaria de Serviços Urbanos de Marataízes. O ex-secretário Marciones Nunes de Souza responde agora como Superintendente de Infraestrutura Urbana e Rural. Os anúncios foram feitos pelo prefeito Tininho Batista no Diário Oficial de terça-feira (23). O motivo das alterações, no entanto, não foi revelado

 

Sobe

Emprego

O saldo do ano ainda é muito ruim, mas Cachoeiro conseguiu gerar mais de 100 vagas de emprego em setembro.

 

Desce

Insegurança

Os bandidos perderam mesmo qualquer temor. A ponto de arrombar agência bancária em pleno centro de Cachoeiro.

 

Mas, hein?!

A nova lei do atendimento preferencial nos bancos, aprovada nesta semana pela Câmara, é boa para quem?

 

Vias de FATO

O deputado estadual Marcos Mansur (PSDB) continua em ritmo de eleição. Após se reeleger, volta aos lugares onde pediu voto para agradecer. 

Em situação cômoda e com boa votação, o vice-prefeito de Cachoeiro, Jonas Nogueira (PP), vai precisar ir além para projetos políticos futuros. 

Com votação maior do que se poderia supor antecipadamente, o deputado federal Carlos Manato (PSL) assumiu-se como principal opositor de Renato Casagrande. 

Depois da inesperada derrota, o senador Magno Malta não foi mais visto, como antes, na campanha de Bolsonaro. Ainda sonha ser ministro. 

Outro senador, também derrotado, Ricardo Ferraço (PSDB) deve se tornar secretário de Estado de Agricultura.


Wagner Santos Diretor e editor Jornalista

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