Uma boa conversa - Jornal Fato
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Uma boa conversa

Quando encontro, ainda que seja um conhecido, ligeiramente, ponho-me ao diálogo e os assuntos fluem


Gosto de conversar. Uma boa prosa completa-me as horas. Quando encontro, ainda que seja um conhecido, ligeiramente, ponho-me ao diálogo e os assuntos fluem, torrencialmente, como um rio caudaloso.

Sempre que posso é em uma boa conversa que me refúgio, me oriento e tomo conhecimento de fatos, então, ignorados. As esquinas, portanto, são o habitat das palavras, contendo notícias. A permuta de conceitos e o debate democrático, preenchem de vida um tempo que, pelo silêncio, seria perdido. E as anedotas? O que dizer delas, senão balsamos para a alma angustiada. No fundo, a grande beleza, resplandece na palavra, na linguagem, que se verbaliza e se transforma em fato a ser digerido pelo próprio raciocínio. Conversar, faz bem, e sempre fará. Um momento de relaxamento para nossos parafusos, sempre dolorosamente apertados. Não recomendo, apenas, em doses homeopáticas. Não. Mas sempre que possível, e intensamente. Sem interlocutores, converso com meus botões, e nos entendemos. Abaixo a tecnologia dos zaps. Ressuscitemos os contatos pessoais e diretos, recheados de conversa seleta, para cada quadrante possível. A alma agradece, e o coração se rejubila. Conversar é confirmar nossa natureza gregária. Estreitar laços de amizade e afeto. Reconhecer-se no outro, a cada afinidade, ou diferença. Comunicar-se, nunca fez ou fara mal a ninguém. Pelo contrário, garante nosso enriquecimento humano e mental. Deveríamos organizar festivais, com essa finalidade. Por falar nisso, preciso ir andando, marquei com um amigo, e uma boa prosa me aguarda. Salvem as cadeiras nas calçadas, com velhas amigas a tagarelar, e os meninos e meninas nos meio-fios a conversarem, sem redes sociais, até a boca da noite. Salvem os encontros casuais. Salvem as agendas ajustadas. Salvem todas as palavras e vocábulos. Viva o idioma. Viva a conversa.

 

Agradecimento ao prefeito

Parabéns, Victor, permitam-me nominá-lo. Acredito na sinceridade de seu gesto e, naquele momento, absolutamente poético, em que agraciou o "nosso" "Nenê Doido", com o título de comendador, talvez não tenha noção, mas sobre si derramaram-se luzes altaneiras. Você beijou a face da meiguice, da ausência de maldade, da alegria. Você deu asas a grande parte da história dessa cidade. Para mim, reviveu minha infância. Passei a acreditar mais ainda na sua sensibilidade e um senso.de beleza próprio daqueles que andam sempre ao lado do Mestre! Parabéns ao ser humano Victor que, feito prefeito, pintou na noite cachoeirense uma das mais belas telas que vi!


Giuseppe D'Etorres Advogado

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