Vacina já - Jornal Fato
Artigos

Vacina já

Somos conscientes que a normalidade só ocorrerá quando 70% da população estiver imunizada


Recebi as duas doses da vacina CoronaVac por conta do meu trabalho na Vila Aconchego, já que os lares de idosos foram prioritariamente contemplados. A sensação que se apoderou de mim foi de grande alívio, não só por mim, mas por todos os nossos hóspedes e funcionários, após amargamos um ano de luta incessante para que o corona vírus não infectasse ninguém, a maioria é bastante fragilizada. E todos comemoramos a segunda dose com uma sensação de dever cumprido. Agora nos cabe manter todos os cuidados e até redobra-los num momento em que, exaustos, tendemos a relaxar. Somos conscientes que a normalidade só ocorrerá quando 70% da população estiver imunizada, e que ainda podemos pegar o vírus numa carga fraca, sermos assintomáticos e transmiti-lo. Não é hora de baixar a guarda.

Diante da incredulidade de alguns que ainda se negam a vacinar, causa perplexidade o egoísmo em relação ao próximo, levando-se em consideração a necessidade da imunização coletiva. E assusta-me a ignorância dos negacionistas que duvidam da eficácia da vacina, produzida por cientistas que exaustivamente pesquisaram, produziram e estão oferecendo a redenção ao mundo. E aqui no Brasil temos os renomados Butantan e Fiocruz, centros de pesquisa e produção de vacinas há décadas, vacinas que salvaram o Brasil de muitos tipos de moléstias mortais, inclusive as erradicando totalmente. Ignorar a ciência é fazer parte do grupo de terraplanistas ou dos alienados, que seguem a mentalidade de lideranças cujo objetivo maior é manter o povo na contramão da história, afinal a ignorância anda atrelada à submissão.

E retornando à vacina, ao postar nas redes sociais e ao receber o apoio das pessoas amigas, conscientizei-me que minha felicidade só será plena quando todos brasileiros estiverem vacinados. É impossível ser feliz em face do desespero de quem deseja ansiosamente ser imunizado, de quem está nos hospitais - nos leitos ou nas salas de espera aguardando notícias dos entes queridos, ou de quem os perdeu. A pandemia nos colocou frente à frente com nossa fragilidade e do quanto somos dependentes, como nação, de um governo firme na condução da política de saúde. Não basta termos o SUS e toda sua capacidade estratégica de vacinação se nos falta a vacina. VACINA JÁ - é o grito que ecoa por todo nosso Brasil.


Comentários