Palácio Bernadino Monteiro está entre patrimônios contemplados com reforma - Jornal Fato
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Palácio Bernadino Monteiro está entre patrimônios contemplados com reforma

Serão investidos R$ 5 milhões na recuperação da Casa da Cultura, em Fundão, na sede da prefeitura de Muqui, no Palácio Bernadino Monteiro, em Cachoeiro e ainda a Igreja Matriz, em Castelo


- Foto: Secult.

O governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou, nessa quarta-feira (13), um investimento de R$ 5 milhões para restauro e reforma de quatro imóveis tombados pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC). O Palácio Bernadino Monteiro, em Cachoeiro, está entre os contemplados, juntamente com a Casa da Cultura, em Fundão; a sede da Prefeitura Municipal, em Muqui; e a Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha, em Castelo. Os imóveis são considerados patrimônio histórico cultural, além de serem elementos simbólicos da história e da cultura local. 

 

O restauro dos imóveis considera a representatividade do bem para a população e o impacto que ações como estas geram nas comunidades detentoras do patrimônio cultural. Esse tipo de serviço de conservação e restauração está em consonância com o Plano Estadual de Cultura, que prevê a ampliação de ações de preservação de sítios e locais de importância histórica, arqueológica, ecológica, paisagística e simbólica para a sociedade capixaba.

 

Conheça mais sobre os locais:

 

Palácio Bernardino Monteiro, em Cachoeiro de Itapemirim

O Palácio Bernardino Monteiro, sede da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, ganhará uma reforma completa em todo seu espaço. Com o Termo de Convênio assinado no dia 28 de setembro, celebrado entre o Governo do Estado, por meio da Secult, e Município de Cachoeiro de Itapemirim, a previsão é que a obra seja realizada entre outubro de 2021 e outubro de 2023, com um investimento de R$ 2.266.810,21.

O projeto propõe a restauração e recuperação do bem tombado, além disso, busca torná-lo um espaço multifuncional propiciando o encontro de pessoas, desenvolvimento de atividades e eventos culturais, exposições e o resgate de elementos que foram alterados ao longo dos tempos, e a inserção de novos visando à adaptação ao novo uso e legislações vigentes. 

Nesse contexto está contemplada, entre outros aspectos, a demolição de todo o anexo construído no afastamento de fundos do bem tombado, além da promoção de acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida aos dois pavimentos do imóvel, a melhoria das instalações elétricas e hidrossanitárias, e a inclusão de sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico.

 

Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha, em Castelo 

 

Um convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), e a Prefeitura de Castelo foi firmado, no último dia 16 de setembro, para realizar a restauração das pinturas decorativas da Igreja Nossa Senhora da Penha, em Castelo. Localizada no centro da cidade, o imóvel tornou-se patrimônio cultural, sendo tombado pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), em 1998.  

 

O valor do convênio é de cerca de R$ 356 mil, com o período de execução entre setembro de 2021 e 31 de dezembro de 2022. A restauração será realizada nas seguintes etapas: pinturas em cavalete e tela e pinturas fixadas ou produzidas diretamente nas paredes do imóvel.

 

A Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha foi construída entre 1955 e 1965, com a participação voluntária da população local, em sua maioria de descendência italiana. Apesar de se tratar de imóvel de propriedade da Igreja Católica, o local se tornou patrimônio de interesse público, quando foi reconhecido como bem tombado, por seu caráter histórico. 

 

Sede da Prefeitura Municipal, em Muqui 

 

Inaugurado no ano de 1939, a sede da Prefeitura de Muqui é um importante prédio do patrimônio histórico do município, e ganhará uma reforma inédita. O termo de convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secult, e Município de Muqui foi firmado no dia 7 de outubro. O período de execução da obra de restauro começa em novembro e tem previsão de finalização em dezembro de 2022. O valor do convênio será de R$ 1.305.836,89.

 

O projeto propõe a restauração e recuperação do bem tombado visando à valorização e preservação da cultura local, como forma de resgatar as raízes culturais e de despertar nos indivíduos a motivação e a propagação da própria cultura, buscando a preservação de sua história. Além disso, busca adequá-lo plenamente para atendimento do uso como sede da Administração Pública Municipal, resgatando as características mais marcantes do imóvel enquanto bem de valor útil e suporte da memória coletiva.

 

Estão previstos a restauração dos elementos fundamentais da edificação, como cobertura, esquadrias, pisos, entre outros; e a atualização das infraestruturas elétrica, hidrossanitária, além de prevenção de incêndio e cabeamento estruturado.

 

 

 

Casa Agostini, em Fundão

 

Erguido em 1882, a Casa de Cultura 'Doutor Mauro Mattos Pereira", mais conhecida como Casa Agostini, pertence à Prefeitura Municipal de Fundão e abriga atualmente a Casa de Cultura e a Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte do município. Sua edificação é um exemplar bastante significativo da arquitetura do ciclo do café. O local se destaca na paisagem urbana, fazendo um contraponto à sua arquitetura antiga. A última restauração que o local passou se deu em 1986, quando foram feitas adaptações para abrigar a Casa da Cultura. 

Devido ao estado de degradação em que o imóvel tombado se encontrava, em 2014 o Governo do Estado, por meio da Secult, contratou uma empresa para elaborar os projetos executivos de arquitetura de restauros, visando à preservação e recuperação do patrimônio. No último dia 23 de setembro, foi assinado o convênio entre o município de Fundão e a Secult no valor de R$ 984.121,00 para realizar toda a restauração do local. 

 

O termo de convênio da Casa Agostini, em Fundão, visa à restauração do imóvel e a modernização de suas instalações e equipamentos. Entre os serviços destacam-se um novo projeto de comunicação visual, prevenção de incêndio, recuperação da rede elétrica, estrutural, hidrossanitária e climatização.  Ações como esta proporcionam a salvaguarda da memória do local, além de ampliar a segurança dos usuários do espaço e do bom desempenho das atividades culturais desenvolvidas. 

 

 

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