Bienal começa em grande estilo - Jornal Fato
Cultura

Bienal começa em grande estilo

Programação começa a ganhar mais corpo hoje, segundo dia do evento, com a poesia em destaque


Prefeito Victor Coelho enfatizou que esta edição da Bienal vem sendo preparada desde julho do ano passado - Foto: Dayane Hemerly

A sétima edição da Bienal Rubem Braga teve início ontem à noite, na Praça de Fátima, em Cachoeiro de Itapemirim.  O evento inaugural contou com apresentação da Orquestra Sinfônica do Sul do Espírito Santo (Osses), que abriu a programação com o concerto "as músicas que Rubem Braga gostaria de ouvir.

Em seguida, houve sessão solene e com o tema "Rubem e a arte que interliga as cidades", da qual participaram a atriz Narjara Turetta e a jornalista e professora Ana Karla Dubiella. A noite foi encerrada com show de Clara Marins.

No prefeito Victor Coelho enfatizou que esta edição da bienal vem sendo preparada desde julho do ano passado e considera que a equipe trabalhou bem para realizar uma bienal com diversas atrações, "inclusive nacionais". O mandatário também leu crônica de sua autoria: Carta ao Rubem.

A secretária de Cultura do município, Fernanda Martins destacou que a bienal é preparada para formar leitores. "É evento literário importante, que aproxima leitores de autores'.

 

Segundo dia

Hoje, as principais atividades do evento terão menção especial ao legado de Vinicius de Moraes - um dos homenageados desta edição, junto a Sérgio Buarque de Hollanda e Candido Portinari, amigos ilustres do "sabiá da crônica".

Às 9h00, no Auditório Marco Antonio de Carvalho, acontecerá a mesa de debate "Viver com poesia". A atividade se repetirá às 14h00, contando com a participação do jornalista e escritor Luís Ernesto Lacombe (RJ), a escritora Hellenice Ferreira (RJ) e o historiador Roberto Al Barros (ES).

"Vinicius de Moraes foi colega de faculdade do meu avô, o imortal da Academia Brasileira de Letras Américo Jacobina Lacombe, que ajudou a alimentar a minha paixão pelos livros. Conheço e admiro muito a obra do Vinicius, apesar de o estilo das poesias que eu fiz ser diferente do trabalho dele. Vai ser um grande prazer estar na Bienal e conhecer Cachoeiro", afirma Luís Ernesto Lacombe, mais conhecido como apresentador de televisão, mas com quatro obras literárias publicadas - entre elas, uma coletânea de sonetos para o público infantil.

Às 19h00, haverá outra mesa de debates no mesmo auditório, com o tema "Se todos fossem iguais a você - o entusiasmo criador", com proposta de debater a inspiração para a criação da arte e das ações humanas. Participarão os escritores José Castello, Moisés Liporage e Tom Farias, todos do Rio de Janeiro.

"A relação de Vinícius de Moraes com a literatura foi sempre movida por sentimentos fortes e por reflexos diretos de sua experiência de vida. Escrevia porque acreditava que, através das palavras, podia agarrar o mundo e transformá-lo. Haverá outra posição diante da literatura mais sedutora na formação de novos leitores?", comentou em entrevista José Castello, que ganhou o Prêmio Jabuti na década de 1990 por sua biografia sobre o "Poetinha".

Fechando agenda do dia, às 21h00 o trio acústico Cabine 65 subirá ao Palco Sérgio Sampaio para apresentar releituras de canções do músico cachoeirense que dá nome ao espaço.

 

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