Um livro para aquecer o coração da ?Capital Secreta?! A escritora e jornalista Claudia Sabadini anunciou, nesta semana, a pré-venda de seu novo livro ?Cartas para Ninguém?, desta vez pela Editora Cousa, de Vitória.
Estreante no gênero romance, Claudia conta que a obra vinha sendo escrita desde 2018, quando, depois de uma experiência na editora em que trabalhava, teve a ideia de escrever sobre a vulnerabilidade da vida, narrada por vários personagens.
?Eu tive uma experiência muito marcante ao atender uma cliente, que nos procurou há época, na editora, para produzir seu primeiro e único livro. Ela estava com uma doença grave e queria deixar memórias para o futuro. Sem saber, ela marcaria minha vida para sempre e este livro é todo dedicado a ela, à professora Yeda Soares?, diz Claudia.
Da experiência como editora, surgiu a ideia, então de Claudia escrever sobre temas que discutem a finitude por diferentes óticas, como filosofia, literatura e psicanálise.
?Todos os personagens acabam tendo sintonia com o autor das cartas, um homem que, mesmo convivendo com dores físicas e emocionais, quis deixar para a posteridade reflexões sobre a vida e o que fazemos dela?, destaca.
?Cartas para Ninguém? teve a edição editorial e revisão de Beatriz Fraga e Fernando Gomes, o prefácio da Professora Ísis Gonçalves e fotos de Márcia Leal. O livro ainda não tem data para lançamento presencial, mas pode ser adquirido, antecipadamente, por R$ 45, 00 (valor com frete incluso), até 10/12, no site da Editora Cousa. (Clique aqui).
Claudia Sabadini também é autora de ?O Jornalismo Literário de Rubem Braga na Guerra? (2012); ?Memórias de um Benjamim - a história do setor de rochas contada por um desbravador? (2013); ?Zezinho ? A Estrela Eterna do Sumaré? (2016); ?Rochas do Espírito Santo ? 60 anos fazendo história (2017); e ?Invernos? (2019).
Opiniões
?Claudia se utilizou de uma técnica de difícil domínio, enveredando pelos espinhosos caminhos da construção de seus personagens, que atuam ora palmilhando as veredas do fluxo de consciência e ora as dos monólogos interiores, numa ordenação que pode parecer aleatória, mas que acaba por convergir em uma constatação basilar: a importância da palavra na vida das pessoas e nos destinos do mundo. Mas não são as pessoas que mudam o mundo. São as palavras?, analisa o escritor Fernando Gomes, que revisou e assina a orelha do livro.
?As vozes ficcionais, criadas pela autora, trabalham com elementos importantes para nossa cultura: finitude, busca de sentido existencial e o resgate do humano pela arte e pela relação com o outro. Conviver com elas é uma experiência dolorida, pois a humanidade que expõem é frágil e crua. O texto cobra um leitor disposto a ler cartas, a acompanhar personagens e a se acompanhar ? não será fácil, mas se descobrir nunca o é?, sinaliza Beatriz Fraga, que acompanhou todo o processo de edição do livro.
por Guilherme Gomes