Capixaba escreve seu primeiro livro durante depressão - Jornal Fato
Cultura

Capixaba escreve seu primeiro livro durante depressão

Sarah é professora desde 2011 e dava aulas de português e inglês, mas, devido a depressão, não conseguiu mais exercer a profissão


- Divulgação

A professora Sarah Camilo encontrou na literatura uma válvula de escape durante um período difícil da sua vida, e desta fase nasceu sua primeira obra literária, um livro de crônicas, contos, poesias e poemas chamado "Título Pra Quê?".

O local e a data para o lançamento ainda não estão definidos, mas segundo a autora, ela acredita que consiga lançar no mês que vem, pois depende da gráfica, que fica no Rio de Janeiro.

Sarah é professora desde 2011 e dava aulas de português e inglês, mas, devido a depressão, não conseguiu mais exercer a profissão. Ela já deu aula em escolas de Cachoeiro, Vila Velha, Cariacica, Domingos Martins e Alfredo Chaves. Em setembro do ano passado, Sarah resolveu buscar ajuda profissional e desde então se afastou das salas de aula e se dedicou totalmente à escrita.

"Fui à psicóloga e ela me perguntou o que eu gostava de fazer além de dar aulas e eu disse escrever. Contei que estava pensando em escrever um livro e ela apoiou minha ideia. A obra surgiu neste momento difícil da minha vida", conta.

Segundo ela, o livro nasceu em meio às lágrimas da depressão e nem todo texto que está no livro se remete a doença. Ela garante que os textos são sobre assuntos aleatórios e não segue nenhum padrão ou regra.

"É um desabafo como forma de tentar me reerguer, ainda não me recuperei totalmente. A depressão é silenciosa e requer cuidados. Não consegui expressar tudo o que queria. Acredito que é apenas o início. Esse livro sou eu. Costumo dizer que para me conhecer é preciso me ler, pois procuro ser reservada", afirma.

Sarah diz que os textos foram escritos há algum tempo, porque ela tinha blog onde publicava tudo que escrevia. A partir disso, resolveu dar vida aos textos e organizar todos em um livro. "Me empolguei tanto que já escrevi o segundo e pretendo escrever o terceiro também. Eu encontrei na literatura uma forma de me resgatar", afirma.

 

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