Copa já impulsiona vendas de TVs - Jornal Fato
Economia

Copa já impulsiona vendas de TVs

Os lojistas de Cachoeiro de Itapemirim estão animados com o Mundial na Rússia


O principal item de venda é a TV com tamanho acima de 32 polegadas

As vendas de eletroeletrônicos em Cachoeiro de Itapemirim vão de vento em popa. A alta se deve ao o que é chamado de "efeito Copa do Mundo". Os comerciantes estão animados com as procuras dos consumidores, impulsionadas pelo Mundial na Rússia, que começa a partir do dia 14 de junho. O setor é o mais beneficiado no período e tem demonstrado otimismo com as vendas.

A auxiliar financeira da loja Cachoeiro Eletro, Cintia Carla Souza, disse que as pessoas têm procurado bastante televisores, principalmente acima de 32 polegadas. "As vendas estão boas e, quando chegar mais perto da Copa, acredito que vai melhorar ainda mais", comenta.

Segundo Cintia, nesse mesmo período do ano passado, a loja ainda se recuperava da crise que veio junto à greve da PM. "Esse ano, estamos bem. Não temos sentido dificuldades para vender e estamos ainda mais otimistas", conclui.

O vendedor Felippe David, da loja A Triunfante, confirma que as vendas estão sendo boas e que a Copa anima.  "Estamos tendo grande procura por televisões grandes e modernas, 60% a 70% acima de 55 polegadas. Apesar da crise, a Copa do Mundo aquece o comércio, especialmente quando a população não pode estar presente (no local da competição). Todo mundo quer assistir e procuram por produtos de qualidade", enfatiza.

Ele acredita que quando a data da Copa estiver mais próxima, as pessoas vão procurar mais. "O item principal é a televisão. A demanda é muito grande e estamos bem animados com as vendas", finaliza.

A proprietária da Eletro Polonini, Lucineia Polonini, comenta que percebeu alta na venda de televisores e espera que, até o início da Copa, cresça ainda 20%.  "Estamos vendendo bem no geral. Dentre os produtos mais vendidos está o celular. Mas para a Copa, especificamente, nosso carro-chefe é a TV, com boa imagem e tamanho grande", complementa.

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletro) tem a expectativa de que com a Copa sejam vendidas 12,5 milhões de aparelhos de TV neste ano, em todo o Brasil.

De acordo com o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acisci), Francisco Montovanelli, a expectativa do varejo é de um ano melhor que 2017 por fatores como a queda da inflação e estabilização do preço dos produtos, diminuição do desemprego, e maior facilidade de acesso ao crédito, pois impulsionam a economia, além da estimativa de crescimento em torno de 4% no comércio.

A Copa, em sua análise, será boa para que lida com os produtos da linha esportiva verde e amarela (como camisas, camisetas, bonés, bandeiras e acessórios), Eletroeletrônicos, além de incrementar o comércio de bares e restaurantes.

 

Outros setores estão em baixa

Nas lojas de artigos com as cores da seleção, o movimento ainda não aumentou (Foto: Hevaildo Bueno Junior)

 

Diferente das lojas de eletrodomésticos e artigos tecnológicos, outros segmentos comerciais de Cachoeiro de Itapemirim, não estão tão otimistas quanto ao Mundial, tanto que, quase não se vê pela cidade decoração alusiva à Copa do Mundo.

Uma das poucas encontradas foi a loja Mania de Festa, onde o gerente Marcos P. M. disse que o problema é que não está havendo investimento na produção de itens associados à Copa. "Estive recentemente em São Paulo, com fornecedores, e todos são categóricos em afirmar que o 7 x 1 (para a Alemanha Copa de 2014) desanimou o mercado. Obviamente que a crise econômica também afetou diretamente. A produção está baixa e a procura tão pequena quanto", disse ele, que ainda espera um aumento nas vendas.

O empresário de artigos esportivos Pablo, comerciante da região central da cidade que prefere não divulgar o nome da loja, também reclama que a está repleto de materiais da Copa, porém, falta o cliente.  

Já os ambulantes Alessander Grechi e Franciele Caetano afirmam que suas bancas têm produto, mas ainda não existe a procura. "Nós nos antecipamos e buscamos ofertar especialmente as camisas o quanto antes, mas até o momento o cliente não veio", comentou Franciele.

Alessander encerrou frisando que "o comércio ainda não aqueceu e não está nem perto da movimentação que constatamos na última Copa".

 

 

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