Falta de educação é o principal problema do trânsito capixaba - Jornal Fato
Especial

Falta de educação é o principal problema do trânsito capixaba

O alerta é feito por especialistas às vésperas do Dia do Motorista e do Motociclista, celebrados em 25 e 27 de julho


Foto: Divulgação/ PMCI

A falta de educação é o principal problema no trânsito. É o que leva condutores e pedestres a abrirem mão de cuidados básicos, como atravessar a rua na faixa de pedestres, respeitar os limites de velocidade ou mesmo acionar a seta para sinalizar manobras. O alerta é feito por especialistas ouvidos pelo Jornal FATO às vésperas do Dia do Motorista e do Motociclista, celebrados em 25 e 27 de julho, respectivamente.

Para o Educador de Trânsito Paulo Bento, ainda há de se investir muito na formação de uma nova consciência de tráfego nas ruas e estradas. "O perfil dos motoristas de automóvel, caminhão, carreta e ônibus mudou para melhor. Porém, o dos motociclistas piorou: cresceu o índice de acidentes, principalmente com vítimas fatais: excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas, falando no celular e falta do uso de equipamento obrigatório que é o capacete", alerta o especialista.

Para ele, outro ponto que merece uma atenção redobrada é a educação dos pedestres, que têm contribuído com os acidentes de trânsito. "Atravessam fora da faixa ou com o sinal vermelho do pedestre, fazendo correria. Ainda não pensaram que a velocidade de suas passadas é inferior à dos veículos", explica Paulo Bento.        

Paulo Bento: ainda há de se investir muito na formação de uma nova consciência de tráfego

 

SETA

Outro grande problema no trânsito é o uso da seta. Ou melhor, o "não uso". Já virou até meme nas redes sociais. A empresária Kézia Balardino tem empresa na avenida Jones dos Santos Neves e convive diariamente com infrações e acidentes próximos à sua empresa.

"Quando um motorista não faz uso correto da seta, os demais condutores podem não conseguir se programar para reduzir a velocidade ou frear em tempo e as consequências podem ser fatais. Quando estamos em trânsito, compartilhamos as vias com outras pessoas, de carro, de moto, a pé, de bike, etc. E para que essa convivência seja harmônica, é preciso que haja comunicação eficiente", realça Kézia Balardino.

Kézia Balardino: é preciso que haja comunicação eficiente

 

ESPERANÇA

Paulo Bento acredita que as novas gerações de motoristas serão melhores, pois já se conscientizam dos erros dos adultos no trânsito. "A educação é o caminho para um trânsito mais seguro e sem acidentes. Não só nas escolas, mas também nas igrejas, nas comunidades, na família. É o caminho para a formação de condutores e pedestres mais conscientes. Quando ministro palestras em escolas, sinto a participação dos alunos, e alguns até comentam que vão no banco da frente porque o pai permite", lamenta.

Para o diretor geral do Detran-ES, Givaldo Vieira, a educação vai mudar esse cenário para melhor.  "A boa formação, aliada à educação dos motoristas de hoje e dos futuros condutores e também a uma fiscalização de trânsito presente são essenciais para provocar a mudança de comportamento de cada um, com respeito às regras de trânsito e utilização das vias de forma humanizada. Isso vai contribuir para alcançarmos a meta de redução de acidentes e mortes e a paz no trânsito que tanto almejamos".

Givaldo Vieira: a educação vai mudar esse cenário para melhor

 

 

 
 

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