A síndrome do imperador - Jornal Fato
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A síndrome do imperador

Refere-se aos jovens que não são frustrados em graus toleráveis, e como a frustração faz parte da vida no processo educacional


Foto ilustrativa

Refere-se aos jovens que não são frustrados em graus toleráveis, e como a frustração faz parte da vida no processo educacional, acabam tornando-se pessoas muito imaturas.

Acabam sendo crianças teimosas, prepotentes, mandonas, mimadas, e sem empatia, isto é, que não conseguem se colocar no lugar do outro.

A mais recorrente reclamação que fazem os pais de filhos fujões de classe média é de "ter dado tudo" para o filho. Eles tem tudo de material, mas não conseguem dar limites e um lar sólido. Crianças criadas sem limite ficam "desarvoradas e sem rumo".

A casa é muito mais do que um espaço físico. É o lugar da formação dos valores éticos, morais e religiosos. Alguns pais tratam os jovens como reflexos de si, sem levar em conta a individualidade e a subjetividade do adolescente.

Não adianta o sujeito ter recursos e receber presentes.

Freud dizia que, quanto mais mimado, mais desamparado.

Até o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom, tem cobrado dos jovens a respeito do isolamento. "Vocês não são invencíveis. Pediu que os jovens respeitem as restrições de movimentação impostas pelos países ao redor do mundo para tentar conter a disseminação do novo coronavirus. Vocês não são melhores do que ninguém. Este vírus pode fazer vocês ficarem em um hospital por várias semanas ou até mata-los. E mesmo se você não ficar doente das escolhas que você faz onde você ir, pode significar viver ou morrer para outras pessoas.

Estas mensagens dos repórteres do jornal o Globo, que entraram em WhatsApp em que jovens relatam bate - papos, de quem frequenta eventos clandestinos.         

"Eu lembro que logo o meio da pandemia, fui a uma festa que o segurança passava álcool em gel nas mãos das pessoas na entrada, achei aquilo a maior viagem".

"Né isso, falam tanto das festas, mas acho acabou nos tornando mais resistentes ao vírus".

Os jovens acham-se tão onipotentes, achando que nada os atingem ou os matam.

No trânsito por exemplo, são os que mais morrem devido a imprudência, álcool ou excesso de velocidade.


Fernando Fiuza Psicólogo

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