Câmara não é notificada da prisão de vereador - Jornal Fato
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Câmara não é notificada da prisão de vereador

Vereadores manifestaram pleno apoio ao parlamentar, acusado de atrapalhar investigação


Uma semana após a prisão do vereador Dario Silveira Filho (PSDB), a Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim ainda não foi oficialmente notificada sobre o caso e, por isso, não tomou nenhuma providência sobre o caso.

O parlamentar, mais conhecido como Darinho da Saúde, foi preso na segunda fase da Operação Panaceia, deflagrada pelo Ministério Público, na última quarta-feira (4).

Ele é suspeito de passar informações sobre a primeira fase da Operação para empresários e funcionários de farmácias que eram alvos da ação que apurava compra e venda de medicamentos de origem suspeita e fraudes em documentações em farmácias do município.

Segundo o MP, além de vereador, Darinho é funcionário público e trabalha como motorista da Vigilância Sanitária, um dos órgãos que participaram da primeira fase da operação. Ele teve acesso às informações sigilosas e repassou para dois proprietários de farmácia.

Na abordagem de uma das farmácias investigadas, não havia medicamentos de origem suspeita, sendo este, um dos estabelecimentos para qual o vereador havia passado informações.

Segundo a Câmara, a Casa de Leis ainda não foi notificada sobre a prisão e não houve notificação da Justiça para a convocação de suplente durante sua ausência, que deverá ser de no mínimo 30 dia, tempo da prisão temporária expedida pela Justiça.

 

Apoio

Na última sessão, que ocorreu nesta terça-feira (10), parte dos vereadores manifestou apoio. Higner Mansur (PSB) foi o primeiro. Segundo ele, "o vereador Dário é pessoa justa, educada e gentil, que cometeu um erro, merecendo o seu apoio e o acompanhamento da Câmara" - o que foi prontamente acatado pelo presidente Alexandre Bastos (PSB). "Darinho é amigo de todos, e talvez por isso mesmo tenha se comportado desta maneira", disse o presidente.

Os vereadores Delandi (PSC), Rodrigo Sandi (Pode), Paulinho Careca (PRP), Allan Ferreira (PRB), Edison Fassarela (PV), Sílvio Coelho (PRP), Antônio Geraldo (PP) e Elio Carlos Miranda (PDT) foram alguns dos que também fizeram questão de apoiar o colega.

 

"Passei por algo semelhante em 2016, e sei como o sofrimento atinge todos que nos amam. Nos dias de hoje, no mundo digital, não se espera a apuração da verdade, e não há respeito pela pessoa e pela família. Confio na lisura dele e estou em oração para que tudo acabe bem", disse Alexon Cipriano (Pros).

 

A reportagem tentou falar com o advogado do vereador, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

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