Promoções, descontos e prestações estendidas são as principais estratégias que o comércio lojista de Cachoeiro está utilizando para tentar driblar a crise e garantir as vendas para o Dia dos Pais.
Para o gerente de loja de calçados, Renato Viera Dobrovski, a expectativa é que os consumidores de ?última hora? movimentem o comércio hoje e amanhã, véspera da data.
?Por enquanto estamos apenas empatando com relação ao mesmo período do ano passado, mas com a liberação dos salários pelas empresas, inclusive no caso da prefeitura, que atrasou o pagamento dos servidores, que receberam na quinta-feira (ontem), esperamos crescimento nas vendas?, acredita.
Já o gerente de loja especializada em confecções masculinas, Léo Capucho, garante que não tem o que reclamar, apesar do momento de crise que vive a economia brasileira.
Ele espera que nos dias que antecedem a data comemorativa, o crescimento nas vendas seja superior a 2% em relação ao mesmo período do ano passado.
?É tradição presentear os pais e dessa vez não será diferente. Inclusive, renovamos o estoque, estamos com promoções que chegam a 40% do preço, além de esticar as prestações em até 10 vezes. É preciso reinventar para enfrentar situações que afetem o comércio?, ensina.
Beatriz Delamerlinda, que gerencia uma perfumaria, garante que ações de marketing, além das tradicionais promoções, são garantia de, pelo menos, a manutenção do processo de sobrevivência do lojista.
?Perfumes e cosméticos são ótimos presentes para o 'paizão' no seu dia?, indica.
Acisci
Para Pedro Sandrini, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Cachoeiro de Itapemirim (Acisci), as vendas para o Dia dos Pais devem crescer pouco em relação a 2014, e a expectativa gira em torno de apenas 1,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
?A moeda circulante está escassa, o que reduz o poder de compra do assalariado. Além disso, no caso dos pais, o apelo é diferenciado com as mães, quando a sensibilidade é bem maior. Mas é sempre uma data em que existe evolução no movimento lojista. É isso que a gente espera?, ponderou Sandrini.
Fecomércio
A mesma opinião é compartilhada pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri. Ele acredita que a data deve movimentar o setor de bares e restaurantes, bem como o comércio de roupas e calçados.
?Não estamos em momento propício para a aquisição de bens duráveis e as incertezas quanto à renda e ao emprego desencorajam o consumo de produtos que exijam parcelamento?, afirma.
Para ele, este Dia dos Pais dependerá mais da criatividade do comerciante. ?É um momento para segurar o que tem e controlar as despesas, já que o gasto só é considerado investimento quando há retorno. A expectativa no comércio em geral é apostar na liquidação do que o comerciante já possui?, comentou Sepulcri.