Irmã procura por desaparecido há 45 anos em Cachoeiro

Com apoio da polícia, ela conseguiu projeção de envelhecimento e retrato pois na época ele tinha apenas dois anos e nove meses de idade

20/01/2019 15:52
Irmã procura por desaparecido há 45 anos em Cachoeiro

Uma procura que já dura 45 anos. Essa tem sido a rotina da família Paiva, desde que o caçula, Robert, então com dois anos e nove meses desaparecido da resistência onde eles moravam, no bairro Aquidabã, em Cachoeiro. ?Quando o reencontrar, quero abraçá-lo muito?. Esse é o desejo de Soraya Paiva, bancária de 48 anos, que busca o irmão desaparecido desde o dia 10 de outubro de 1972. Soraya conta que, no dia em que Robert foi visto pela última vez, ela, com 5 anos, e os irmãos (Fabíola, 6 anos, e Ricardo, 11 anos) estavam com vizinhos brincando na frente da casa da família.?Minha mãe, Maria Dulce Cabelino Paiva, estava na casa de uma vizinha. Eu e minha irmã chamamos Robert para ir ao encontro de nossa mãe, mas ele fez birra. Então deixamos - no pra lá, sozinho, e fomos falar com minha mãe. Quando voltamos, ele não estava mais lá?, conta. Logo após o desaparecimento, conta Soraya, o pai, Devanir Nascimento Paiva, tios e amigos fizeram buscas por, pelo menos, um ano. Todos acreditavam que o menino tivesse se afogado em um córrego artificial que tinha próximo à casa da família. Mas mesmo depois de ser esvaziado, o corpo de Robert não foi localizado ali. Na época, o caso foi registrado na polícia, que também não conseguiu chegar a qualquer conclusão. Em 1983, a família se mudou para Vitória. Hoje Soraya mora em Brasília porém os irmãos permanecem no ES.

As novas formas de comunicação anumaram a família a reativar a procura pelo irmão perdido. A bancária procurou a Delegacia de Pessoas Desaparecidas, sediada em Vitória, para reiniciar as investigações.Após uma projeção de envelhecimento e um retrato com a possível aparência de Robert, confeccionado pela Polícia Técnico Científica, ela tem a esperança de encontrar o irmão com vida. ?Nós procuramos por um homem que tenha nascido entre 1970 e 1973, cuja foto de criança se assemelhe com o adulto da foto que obtivemos com recurso de computador?, explica. Uma investigação mais profunda foi feita e a conclusão é que Robert Paiva não tem título de eleitor, CPF, nunca casou ou morreu. "Se ele estiver vivo, deve ter sido raptado e foi registrado com outro nome?, completa a irmã.

Até o momento, não há novidades sobre o caso. Contato As informações sobre o caso pode ser passada para a Delegacia de Pessoas Desaparecidas, pelo telefone (27) 3137-9065.