Praça no centro de Cachoeiro é tomada por moradores de rua - Jornal Fato
Geral

Praça no centro de Cachoeiro é tomada por moradores de rua

A presença das pessoas no local gera reclamações, pela sujeira, consumo de drogas e desentendimentos entre eles


- Ronaldo Santos

Quem passa próximo à praça na cabeceira da Ponte Municipal, no Centro de Cachoeiro, já reparou no agrupamento dos moradores de rua que tomaram o espaço. A presença das pessoas no local tem sido motivo de reclamações, seja pela sujeira no espaço público, seja pelo frequente consumo de drogas e desentendimentos entre eles.

O local fica à margem do rio Itapemirim, na rua 25 de Março. Além dos homens e mulheres que passaram a residir, o local tem aspecto insalubre, com marmitas e restos de comida, eletrodomésticos, lençóis, entre outras coisas espalhadas. Odores pútridos e de urina infestam o local.

A síndica de um dos prédios próximos, que prefere não se identificar, disse que não aguenta mais conviver com o que se vê por ali todos os dias. Relata que protocolou na prefeitura três vezes, pedindo a limpeza do local, um gradil para que não invadam à margem do rio, e até mesmo a retirada deles do local, para manter a paz de todos por perto.

"É ponto de droga, prostituição, ato sexual, brigas, vandalismo, sujeira, e tudo que se pode imaginar. Não temos segurança para entrar em nosso prédio, porque eles nos abordam ao entrar na garagem para pedir algo, principalmente dinheiro. Já reclamei na prefeitura diretamente com secretários, mas não tomaram providências", disse a síndica.

Empregada doméstica, que não quer identificada, disse que passa por ali todos os dias e percebe que o lugar está cada vez pior. "Eu passo rezando, com medo de ser assaltada e, ao mesmo tempo, pedindo para que essa visão de caos acabe. Como moradora da cidade, peço para que providência seja tomada, não só na segurança, mas também visando o meio ambiente", disse.

O proprietário de uma loja nas imediações, Francisco Cláudio Lima, cuida da praça há 10 anos, período em que fez todo o paisagismo do local. "É triste ver isso. Eu não consigo mais plantar. Apenas rego as que tem, porque não vou abandonar o que sempre fiz por amor. Não sei o que a prefeitura pode fazer para acabar com a situação lamentável".

A praça fica num dos mais movimentados centros comerciais da cidade e a situação desperta medo em quem trabalha. Temem por assaltos ou até algo pior.  Uma vendedora que prefere não ser identificada, disse que a loja vive de porta trancada, pois ela e outra funcionária se sentem inseguras.

"Às vezes eles cercam a calçada da loja. Com frequência tem briga entre o bando, invadindo até mesmo o asfalto. Não dá. Algo tem que ser feito pela Prefeitura ou polícia", disse.

 

PREFEITURA

Em nota, a Prefeitura informou que as secretarias de Segurança e Trânsito, Serviços Urbanos e Desenvolvimento Social se reuniriam ontem para marcar ação a ser feita ainda esta semana no local.

Comentários