Gaivotas - Jornal Fato
Artigos

Gaivotas

Sabe do que mais gosto em você? De você!


Sabe do que mais gosto em você? De você! Aliás, em se tratando de você, não seria - gostar-, o verbo adequado. De modo algum, pois a bem da verdade, amo-te. Amo-te, inexplicavelmente e em demasia. Excesso absolutamente correto. Superlativo, no sentido mais lato do conceito semântico, e espiritual. Sua vida e seus pendores, me encantam. Gentil, embeveces Minh 'alma de rejubilo. Espelho-me em tuas gentilezas, e o modo amantissimo.de tratar as criaturas, sem qualquer distinção, ou categoria é de tal maneira que até as estrelas se curvam, tamanha singeleza. Este texto (como diria Caetano), é para dizer e diz. Diz de ti, onde encontre palavras. Diz dos teus modos. Do teu amor pelos animais. Pela devoção.com que tu te dedicas às suas empreitadas. Diz do amor que destinas, sem esperar que retorne. Das tuas mais recônditas convicções. Falando de ti, falo, igualmente, da pequena flor sutil, de caule delgado e suaves pétalas. Falo de Camila. Este texto, é tal uma oração, que na minha paterna saudade, edifico todos os dias. Nos albores, no meio do dia e ao anoitecer. Senão são o centro de meu universo, então são - meu universo, que descrevo em prosa e em versos, com uma ponta de vaidade. Um certo sentimento de apego ao fato de que amar, ainda é a única solução. Amar, e nada mais. Porque se amamos, e esperamos devolução, não estamos a amar. A troca é pura consequência. "Se te fizerem de tolo, e até zombarem.de ti, porque firmemente amas, não importa, ame assim mesmo" Madre Tereza de Calcutá. Termino meu canto, a Carlo e Camila, duas gaivotas, repetindo um trecho extraído de Saint Exupery, in "Pequeno Príncipe", " o essencial, é invisível aos olhos".

 x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

Desmoronado, de todos os lados, feito um tombo. Assim me acho.

Pedra sobre pedra. Pedaço por pedaço, daquilo que era, enfim, nada sobrou, agora tudo aquebrantado, no vazio dos escombros, demolidos sobre mim

Nada restou se não ervas áridas e aparentes, crescendo, de repente, nas frias e frias pedras que não andam, no fio do solo. Nada restou, do que havia menos a rústica pia, que entoa suas gotas, e angustias.

Então, ocorreu-me a mais lógica concepção. Se tudo ruiu, então meeiro dessa gleba, ergo da terra, a terra nova, e da nova obra, outra edificação.

Apoio a enxada, no atalho das mãos, nas palavras que ela fala, por gosto ao trabalho, como meio e fim, e assim, farei de novo a casa mais leve, o albergue calmo para almas meridianas, que descansam em meu peito.

De algo, se farão os leitos, e sem estranheza, para essa engenharia, com maestria, nos corredores se farão os cômodos (e seus segredos), cada qual para uma destreza, um modo, uma forma de alojar as coisas, nada espesso, com leveza.

Depois de pronta a obra, que venham, porquanto, as côncavas ondas, e se ventar, e venta, ventar mais forte. E ao chão se for(estorvo), por sina imprevista, nem o pejo do infortúnio, desanimara o menino, a reergue-la, como num sonho, de um homem novo.


Giuseppe D'Etorres Advogado

Comentários