Rico de primavera
Bebo um amor...
Bebo um amor...
leve
fino como vinho
desatino sem explicação
feito ao acaso
longo e oblíquo
que se bebido embriaga
acumulado no peito
como ânsia da boca que pede o beijo.
líquido
rico de primavera
carregando consigo brilho do sol no céu
e multiplica-se
esperando ser bebido
com gosto de mel da pele tua
na taça cheia de ondas
tranquilas
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...ando faminto
uma fome ignota
que vem à boca e não cessa.
Quisera a vida fosse festa, panfleto com folguedos, vinho e queijos.
execrando de tal maneira dores e tristezas e então viriam flores perfumando a sala da mulher que amo
e o fausto em parte fosse arte e alma para saciar a fome que sinto.