Após prisão, Eike Batista terá R$ 1,6 bilhão em bens bloqueados - Jornal Fato
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Após prisão, Eike Batista terá R$ 1,6 bilhão em bens bloqueados

O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que deflagrou a operação em conjunto com a Polícia Federal


Foto: EBC

O empresário Eike Batista foi preso novamente nesta quinta-feira (8), em sua casa no Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro. Ele estava em regime de prisão domiciliar e, agora, ele terá R$ 1,6 bilhão em bens bloqueados - R$ 800 milhões por danos morais e R$ 800 milhões por danos materiais. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que deflagrou a operação em conjunto com a Polícia Federal.

A investigação verifica se ocorreu crimes de manipulação de mercado e utilização de informação privilegiada, o que poderia justificar os diversos negócios bem sucedidos do empresário.

Além da prisão temporária de Batista, também foi determinada a prisão preventiva de Luiz Arthur Andrade Correia, conhecido como Zartha, que era o tesoureiro de Batista.

Segundo o MPF, o esquema utilizava a empresa The Adviser Investiments (TAI), com sede no Panamá, criada por Eduardo Plass e seus sócios, proprietários do TAG Bank. No curso das investigações, apurou-se que Eike e Luiz Arthur usaram a TAI para atuar ilicitamente nos mercados de capitais nacional e estrangeiro, com o intuito de manipular ou usar informação privilegiada de ativos que estariam impedidos ou não queriam que o mercado soubesse que operavam.

Porém, a desconfiança dos procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro é de que a TAI funcionou como um "banco paralelo" que atuava como uma "instituição financeira que geria recursos de terceiros", sem ter autorização legal para isso. Sendo assim, passava a falsa aparência para o mercado de que eram investidos recursos próprios, já que o real operador dos ativos era omitido.

O MPF informa que Eduardo Plass firmou acordo de colaboração premiada e vai pagar R$ 300 milhões em multa, além de devolver US$ 9,2 milhões de Eike que estão sob sua custódia no exterior.

Por meio de nota, o advogado de Eike Batista, Fernando Martins, informou que a prisão temporária do empresário foi decretada para que ele "fosse ouvido em sede policial sobre fatos supostamente ocorridos em 2013", e que, segundo o advogado, se trata de uma prisão "sem embasamento legal".

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