Sucesso profissional não é medido por salário alto, aponta pesquisa - Jornal Fato
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Sucesso profissional não é medido por salário alto, aponta pesquisa

Trabalhar com o que gosta e equilibrar trabalho e vida pessoal são alguns diferenciais


Foto: pixabay

Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que os jovens com idades entre 18 e 24 anos, nascidos dentro da chamada 'Geração Z', acreditam que o significado de sucesso profissional não é medido por um alto salário.

De acordo com esse público, trabalhar com o que gosta (42%), equilibrar trabalho e vida pessoal (39%) e ser reconhecido pelo que faz (32%) são aspectos mais importantes que ganhar bem (31%). É o que explica o superintendente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Marco Antônio Corradi.

"Eles têm uma grande preocupação, primeiramente, em tratar com aquilo que eles gostam. Equilibrar a sua vida pessoal com o trabalho, com capacitação. Porque eles estão muito preocupados em se dedicar ao trabalho, em capacidade de diálogo com a equipe, eles têm foco no trabalho. Percebemos que nesta pesquisa trata-se: eu quero resolver as minhas questões, entretanto, com o máximo de qualidade", conta.

Ao refletirem sobre os valores e habilidades necessários a um bom profissional, esses jovens acreditam que dedicação (43%), capacidade de diálogo e trabalho em equipe (40%), foco no trabalho (36%), ser paciente (35%) e fazer sempre o melhor (31%) são diferenciais. É o que pensa a autônoma Rebeca Amancio, de 22 anos, moradora do Distrito Federal.

"Independente de você gostar ou não do que você faz, você precisa ser paciente com as pessoas e com as coisas que você faz. Você precisa se dedicar àquilo que você está fazendo, porque aquilo leva o seu nome. Eu acredito que a habilidade de conversar e de comunicação é uma coisa imprescindível e se dedicar", disse.

Considerando as redes sociais, praticamente sete em cada dez (67%) acreditam que o uso dessas ferramentas pode prejudicar o rendimento no desempenho das atividades profissionais.

Quando o assunto é trabalho, planejam investir na profissão certa, dedicando-se a aprender e aprimorar conhecimentos, encontrar prazer e realização sem perder a qualidade de vida, ao mesmo tempo em que buscam uma vida estável, segura e saudável. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 24 milhões de jovens de 18 a 24 anos, o equivalente a 15% do público maior de idade.

O levantamento revela, ainda, que para os jovens da Geração Z a felicidade na vida adulta consiste em uma combinação de segurança, estabilidade emocional e realização profissional. Eles consideram que adquirir a casa própria (20%), ter sucesso no trabalho (18%) e trabalhar com o que gosta (18%) são algumas das prioridades para se tornarem adultos realizados.

Por outro lado, encontrar um amor (9%), ter filhos (8%), falar vários idiomas (8%) e sair da casa dos pais (8%), são aspectos menos relevantes para a felicidade.

A pesquisa ouviu mais de 800 jovens brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, residentes em todas as capitais do país.

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