Homens são presos pela PF por fraude no auxilio emergencial - Jornal Fato
Polícia

Homens são presos pela PF por fraude no auxilio emergencial

No momento da prisão em flagrante, foram encontrados com os presos os dispositivos maliciosos e câmeras que estavam instalados nas máquinas de autoatendimento


A unidade de repressão aos crimes cibernéticos da Polícia Federal(GRCC/DELEFAZ) realizou na noite de terça (19)diligências com objetivo de combater o crime de fraude ao benefício de auxílio emergencial criado recentemente pelo Governo Federal, devido a pandemia da COVID 19. Dois homens foram presos em Vila Velha, dentro das agências da Caixa. Eles estavam agindo nas agências do Ibes em Vila Velha/ES e de Jucutuquara em Vitória/ES. Eles utilizavam um dispositivo que era instalalado nos caixas de auto atendimento. 

O caso começou a ser investigado logo que o Serviço de Repressão aos Crimes Cibernéticos em Brasília, recebeu denúncias de que algumas agências da CEF estavam tendo um número relevante de contestações de saques indevidos do auxilio emegencial, além de outros valores nos terminais de auto atendimento. Os dados foram passados para cada Estado. 

A partir daí, a Polícia Federal no Espírito Santo, junto com a Caixa iniciou as diligências. No momento da prisão foram encontrados com os suspeitos os dispositivos maliciosos e câmeras que estavam instalados nas máquinas de autoatendimento das Agências, tendo sido apreendidos com eles outros elementos de prova. Por fim, o material apreendido foi submetido a perícia para elaboração de laudo, de modo que a investigação prosseguirá para identificação da extensão da fraude e seus envolvidos. 

De acordo com o delegado federal Leonardo Rabello, chefe do grupo de repressao a crimes cibernéticos do ES que coordenou a operação, Os infratores chegaram a sacar cerca de R$110 mil. "O objetivo era fazer a leitura nos cartões sem chip, que através do mecanismo criminoso era roubado os dados e com a câmera a senha, é o famoso chupa-cabra" esclareceu o delegado. 

O delegado disse também que os dois suspeitos estavam planejando novos saques criminosos e com os pagamentos desta semana: "com estimativa poderiam chegar a mais de R$200 mil em saques, prejudicando a população" disse Dr Leonardo. "Um dos presos já teve passagem pela polícia por outros atos ilícitos" completou o delegado. 

O delegado ressaltou que várias denúncias chegam à Polícia Federal."Poderemos ter algumas surpresas com a continuidade das investigações. Os suspeitos são treinados em fraudes em agências bancárias. O trabalho da PF em parceria com a Caixa foi fundamental" ressaltou Dr Leonardo. 

Os investigados responderão pelo crime de furto mediante fraude, em que a pena varia entre 02 a 08 anos de reclusão.

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
(...)
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
(...)
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

 

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